Prefeita de Bela Vista de Goiás vai leiloar áreas públicas ao fim do segundo mandato

A prefeita de Bela Vista de Goiás, Nárcia Kelly (PP), está organizando um leilão de quatro áreas públicas do município, com previsão de arrecadar no mínimo R$ 5,3 milhões. A decisão, que acontece a apenas sete meses do final de seu segundo mandato, levantou críticas da oposição, que questiona o momento escolhido para a venda dos imóveis.

Os lotes a serem leiloados incluem o antigo hospital Cristo Redentor, a antiga delegacia de Polícia, um prédio de apartamentos e o prédio onde funcionou a antiga Câmara Municipal. Segundo o edital do leilão, as ofertas podem ser feitas no dia 27 de maio, com encerramento do primeiro lote às 9h e os demais a cada três minutos.

Nárcia Kelly explicou que a motivação por trás do leilão é a necessidade de angariar recursos para a construção de um novo cemitério na cidade, uma vez que o atual deve esgotar sua capacidade até o final do próximo ano. Ela ressaltou que o processo foi aprovado pela Câmara Municipal no ano passado e que a atualização das matrículas dos imóveis demandou tempo, justificando o momento da decisão.

“Só podemos vender para comprar outra área pública e precisamos comprar uma nova área e construir um novo cemitério”, disse a prefeita ao jornal Diário de Goiás. Além da compra do novo terreno e da obra, Nárcia Kelly diz que o recurso também será aplicado na construção das vias de acesso, que incluem uma avenida. “E se sobrar algum recurso dessa venda, só podemos investir na Previdência dos servidores da Prefeitura de Bela Vista”, acrescentou.

Ela enfatizou que os recursos obtidos serão destinados para compra do terreno e à construção do novo cemitério, além da infraestrutura das vias de acesso e, eventualmente, à Previdência dos servidores municipais. Ela afirmou que a utilização dos prédios para outros fins demandaria grandes reformas, inviáveis para o município.

Por outro lado, a oposição criticou a venda das áreas públicas, argumentando que a prefeitura dispõe de outros recursos e que o tempo da decisão, próximo ao fim do mandato, levanta questionamentos sobre a necessidade imediata da venda. Pré-candidatos à prefeitura, como o advogado e ex-prefeito Marcos Teles (PT), expressaram preocupação com a destinação dos prédios e sugeriram a suspensão do leilão para uma discussão mais ampla.

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