Alunos da UFG iniciam movimento por suspensão do calendário e adesão à greve

Estudantes da Universidade Federal de Goiás (UFG) estão realizando consultas por cursos, faculdades ou campus sobre a possível adesão à greve dos professores, programada para iniciar na terça-feira, 7. O movimento dos alunos surge em meio à decisão de alguns professores de furar a greve em determinados campus, levando os estudantes a avaliarem a adesão como forma de apoiar a causa docente e evitar aulas sem sincronia com o calendário.

A Faculdade de Informação e Comunicação (FIC) foi uma das primeiras a realizar assembleia, ao decidir por unanimidade parar junto com os professores. Os alunos destacam a importância de apoiar os docentes e a preocupação em evitar intervalos com e sem aulas devido à decisão de alguns professores de não aderirem à paralisação, mesmo após a orientação do Sindicato dos Docentes das Universidades Federais de Goiás (Adufg).

Aluna do curso de Direito da UFG e membro da coordenação do Diretório Central dos Estudantes (DCE), Tainá Rincón Vianês relatou ao jornal Diário de Goiás o impasse enfrentado pelos estudantes diante da decisão de alguns professores de dar aulas normalmente, ignorando a orientação da Adufg. “A greve discente está sendo pautada não apenas pelo apoio aos professores, mas porque muitos professores disseram abertamente que vão furar a greve definida junto à Adufg”, disse.

Ela relatou que essa situação cria incertezas para os alunos, especialmente para aqueles que se deslocam de outros municípios e dependem do calendário escolar para planejar suas atividades. “Mas o problema será para os alunos. Teremos professores que não vão dar aula em dois dias da semana e teremos os que vão continuar lecionando”, explica.

Diante desse cenário, o Centro Acadêmico do curso de Direito abriu uma votação para decidir se os alunos aderem ou não à greve, que estará em andamento até terça-feira. Outros cursos também estão realizando assembleias para deliberar sobre a adesão à paralisação.

Na FIC, mais de 150 estudantes participaram da assembleia e aprovaram a greve, destacando a necessidade de melhorias na infraestrutura da universidade e na assistência estudantil.

Enquanto isso, o presidente da Adufg, Geci José Pereira, confirmou que a preparação para a greve dos professores está em andamento conforme planejado. O sindicato já comunicou à reitoria sobre a decisão dos docentes e solicitou uma reunião para discutir questões relacionadas ao assunto. A paralisação só será evitada caso o Governo Federal se manifeste sobre a contraproposta encaminhada pela Proifes-Federação.

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