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Goiânia, 29/05/24
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A mulher estava desaparecida desde março após viajar com o marido, que é o principal suspeito e está foragido para uma missa de 7ª dia

Operação que investiga morte de mulher após viagem com marido cumpre mandados em Goiás

02/05/2024, às 10:36 · Por Redação

A Polícia Civil de Goiás deflagrou uma operação nesta quinta-feira, 02, para cumprir 12 mandados de busca e apreensão nas cidades de Quirinópolis, Paranaiguara, Presidente Prudente e Cuiabá relacionados à investigação da morte da pedagoga Fábia Cristina Santos. A ação está sendo realizada por meio da 16ª DRP, com apoio da 8ª DRP, do GT3, da Polícia Civil de São Paulo e da Polícia Civil de Mato Grosso.

A mulher estava desaparecida desde março após viajar com o marido, que é o principal suspeito e está foragido para uma missa de 7ª dia. A confirmação da morte da pedagoga ocorreu no dia 22 de abril, quando o corpo da vítima foi encontrado no carro do casal em região de mata entre Goianira e Trindade. O Instituto Médico Legal (IML) de Goiânia liberou o corpo da pedagoga na última terça-feira, 23. 

A Polícia Técnico-Científica confirmou a identidade da ossada como sendo de Fábia por meio de exames na arcada dentária. A advogada Rosemere Oliveira encontrou imagens no computador de Fábia que indicam que ela era vítima de agressões. Segundo a família de Fábia, ela já teria sido agredida pelo marido outras vezes, sendo a última violência dias antes do desaparecimento.

Corpo encontrado

O carro do casal, que estava desaparecido há mais de 40 dias, foi encontrado abandonado no dia 22 de abril deste ano em uma fazenda de Trindade, com um corpo dentro. A perícia confirmou, por meio da arcada dentária, que o corpo encontrado era de Fábia. 

Segundo a Polícia Civil, o corpo estava esqueletizado e em estado avançado de decomposição. O corpo da professora foi enterrado no dia 24.

Marido suspeito

Segundo a investigação da Polícia Civil, o caminhoneiro Douglas José de Jesus, que usava o nome falso há quase 30 anos de Wander José da Silva, é suspeito de matar a esposa. A delegada responsável pela investigação, Carla de Bem, explicou como o homem conseguiu forjar a documentação para trocar de identidade e fugir da polícia desde 1996.

A polícia informou Douglas é réu por um duplo homicídio praticado em Quirinópolis em 1996 junto com um tio, que foi condenado, e está foragido desde essa época. Familiares contam que a identidade forjada era de um irmão mais novo de Douglas.

“Os dois documentos [de identidade] são materialmente verdadeiros, porque o primeiro ele tirou quando criança, sem coleta de impressões papilares, só com a foto e a assinatura dele ainda bem infantil, e o segundo ele volta e faz um novo documento ‘quente’. Ele colhe impressões papilares dele no nome de Wander”, explicou a delegada.

Conforme a delegada, o homem chegou a ser levado para a Central de Flagrantes em 2016, mas foi liberado porque as impressões digitais batiam com o nome Wander, já que ele tinha feito o registro no documento.


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