Justiça revoga liminar e determina prisão preventiva de lutador de jiu-jitsu em Goiânia

O Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) decidiu revogar na última quinta-feira, 25, a liminar que havia liberado o lutador de jiu-jitsu Tiago Gomes de Oliveira, suspeito de estupro e ameaça contra três mulheres em Goiânia. Ele havia sido preso em 7 de abril e solto dois dias depois.

A decisão foi tomada de forma unânime, seguindo o entendimento da desembargadora relatora, Lília Mônica de Castro Borges Escher. Em seu relatório, ela destacou que a soltura do investigado poderia comprometer a investigação e a segurança das vítimas.

O advogado das vítimas, Rodrigo Faustino, ressaltou que a revogação da liminar e a subsequente ordem de prisão preventiva demonstram a seriedade com que o sistema judiciário brasileiro aborda casos de violência doméstica. Ele afirmou que essa decisão é uma vitória para as vítimas e envia uma mensagem clara de que tais atrocidades não serão toleradas.

Por sua vez, o advogado do investigado, Alex Tavares, informou ao portal Mais Goiás que já recorreu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) e aguarda uma decisão sobre a liminar que provavelmente suspenderá a ordem de prisão preventiva.

O lutador é suspeito de pelo menos oito crimes contra ex-namoradas, incluindo ameaças e injúrias. Ele foi preso após ameaçar a ex e o atual noivo dela durante um campeonato em Goiânia. A juíza Lorena Prudente Mendes manteve a prisão preventiva, mas o desembargador plantonista Adegmar José Ferreira concedeu liminar para sua liberação, alegando ilegalidade na prisão. No entanto, o MP-GO contestou a informação e afirmou ter participado da audiência de custódia.

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