Vereador Léo José e 8 ex-servidores do Ministério do Trabalho são punidos pela CGU

Leonardo José Arantes, conhecido como vereador Léo José (Solidariedade), está entre os nove servidores punidos pela Controladoria-Geral da União (CGU) após a conclusão de um Processo Administrativo Disciplinar (PAD). As sanções vão desde demissões até a perda dos direitos políticos por oito anos. O parlamentar, mantido em seu cargo por uma liminar judicial, foi acusado de participar de um esquema ilegal de venda de registros sindicais.

A defesa de Léo José disse ao jornal Opção que a punição não o torna inelegível, pois se trata de uma "penalidade administrativa", envolvendo a destituição de um cargo em comissão. Segundo a defesa, o processo administrativo foi julgado após o período de prescrição, e recursos foram interpostos para reverter a decisão.

O parecer da CGU acusa Léo José de interferir indevidamente em processos de registro sindical, utilizando sua influência política e posição de autoridade no Ministério do Trabalho para beneficiar um suposto esquema de comercialização ilegal de registros. O vereador ocupou cargos de destaque no órgão entre junho de 2016 e junho de 2018.

A investigação teve início na Operação Registro Espúrio, que revelou uma estrutura criminosa no Ministério do Trabalho, envolveu, além de servidores públicos, parlamentares, dirigentes sindicais, lobistas e advogados. O esquema, em vigor desde 2016, visava facilitar a concessão fraudulenta de registros sindicais em troca de vantagens financeiras e políticas.

Além de Léo José, outros oito servidores foram punidos pela CGU, incluindo Carlos Cavalcante de Lacerda, Jéssica Mattos Rosetti Capeletti, Júlio de Souza Bernardes, Leonardo Cabral Dias, Maurício Moreira da Costa Júnior, Renata Frias Pimentel, Renato Araújo Júnior e Rogério Papalardo Arantes. As defesas dos demais citados ainda não se pronunciaram.

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