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Funcionários da Saneago protestaram durante a votação do projeto que garantiu abertura de capital da empresa

Saneago avisa que vai priorizar renovação com Goiânia e Anápolis antes de ir ao Ibovespa

09/11/2019, às 00:05 · Por Pedro Lopes

Antes de colocar ações no mercado, o Estado espera renovar primeiro o  contrato da Companhia de Saneamento de Goiás (Saneago) com as prefeituras de Goiânia e Anápolis.   A abertura de capital da empresa e venda de até 49% de ações já foi aprovada pela Assembleia Legislativa do Estado de Goiás e segue agora para a sanção do Governador.

De acordo com Bruno Peixoto (MDB), líder do Governo na Alego, o presidente da Saneago, Ricardo Soavinski, e o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), trabalham para que as duas cidades renovem a concessão. “Os valores das ações terão superávit com a renovação. Imagino que isso deve ocorrer após diálogo e acordo renovado com Goiânia e Anápolis”, ressalta.

O secretário de Finanças de Anápolis, Marcos Abrão, afirma que o contrato da Saneago com o município  é recente e que realiza estudos para decidir se renovará a concessão da estatal. “Além da parte financeira temos de questionar a qualidade do o serviço de água e esgoto que é ofertado em Anápolis”, destaca. 

Já o prefeito de Goiânia, Iris Rezende (MDB), tratará diretamente com o governador Ronaldo Caiado (DEM) e espera mais benefícios a população alegando que a Saneago tira proveito da capital para atender outras questões. 

Durante a votação da Alego nesta semana, os deputados da oposição tentaram obstruir em duas ocasiões em que a conferência de quórum foi solicitada. Oito deputados deixaram de registrar a presença com o objetivo de que o número mínimo de parlamentares necessários para a votação não fosse alcançado. O regimento da Casa exige que 21 deputados estejam presentes para que um projeto seja votado. Com número de parlamentares governistas suficiente no plenário, o projeto foi votado e aprovado.

A matéria recebeu oito votos contrários, de Antônio Gomide (PT), Lêda Borges (PSDB), Henrique Arantes (MDB), Cláudio Meirelles (PTC), Rubens Marques (Pros), Adriana Accorsi (PT), Helio de Sousa (PSDB) e Gustavo Sebba (PSDB). Quando a matéria passou pela Comissão Mista na semana passada, foi incluída no projeto, via voto em separado do deputado Rubens Marques (Pros), a previsão de que, no mínimo, 30% do que for arrecadado com a venda das ações primárias sejam investidos em saneamento e água.

Outra mudança foi no texto, substituição de “ao menos” por “sempre”, para que o Estado de Goiás mantenha 51% das ações com direito a voto. A previsão de investimentos com base nas ações primárias é alvo de críticas da oposição. O deputado Antônio Gomide (PT), alerta que estas ações pertencem a Saneago e o investimento na empresa é obrigatório. “O Estado deveria ter comprometido as secundárias, que são do governo. O  texto abre brecha para todo o dinheiro ser usado em áreas diversas da administração estadual", comenta. 


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