Fabrício Rosa assumirá mandato de vereador em Goiânia mas pode perde-lo por trocar o PSOL pelo PT

O policial rodoviário federal Fabrício Rosa (PT) está prestes a ocupar uma cadeira na Câmara de Goiânia, porém, enfrenta a reivindicação do PSOL, partido pelo qual ele disputou as eleições municipais de 2020 e ficou como suplente. Rosa migrou para o PT e concorreu a deputado estadual em 2022, também ficando como suplente. O embate entre os partidos se dá em torno do entendimento de que a vaga pertence tecnicamente ao partido, de acordo com as regras eleitorais proporcionais.

O PSOL, representado pela sua presidente estadual Cíntia Dias, está determinado a pleitear a cadeira de Rosa através do Judiciário. Em caso de saída de Rosa, o próximo suplente é o coletivo Agora é que São Elas, liderado por Dias e composto por mais três mulheres. Embora a candidatura tenha sido registrada em nome de Dias, há um compromisso de compartilhamento do mandato entre elas.

Rosa afirma que está ciente do modelo eleitoral e, caso a Justiça decida em favor do PSOL, ele deixará a vaga. No entanto, ele planeja apresentar defesa no processo, alegando suposta discriminação dentro do PSOL e desigualdade no recebimento de recursos durante a campanha de 2020. Rosa também ressalta que convidou o PSOL para se unir a ações contra outros partidos por fraude na cota de gênero, mas o convite foi recusado pela legenda.

Em decorrência da cassação da chapa do PMB e do Agir por fraude na cota de gênero, o Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO) recalculou os votos da eleição de 2020. Além de Rosa, outros candidatos, como Bill Guerra (MDB) e Markin Goyá (PRD), também assumirão mandatos na Câmara de Goiânia. A diplomação está prevista para sexta-feira (12), e a posse deve ocorrer na semana seguinte. Com a entrada de Rosa, o PT passa a ter duas cadeiras na Câmara, juntando-se à já ocupada por Kátia Maria, que assumiu a vaga de Mauro Rubem (PT) quando este foi eleito deputado estadual.

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