Aumento nas internações por dengue em abril deixa SES em alerta

As equipes de Vigilância em Saúde do Governo de Goiás estão em alerta devido ao aumento significativo das internações por dengue nos primeiros dias de abril. Segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES), apesar da tendência de desaceleração dos casos, as hospitalizações continuam em ascensão.

Desde dezembro do ano passado, o volume de internações por dengue vem aumentando gradualmente. Somente em março, foram registradas 1.872 hospitalizações, enquanto nos primeiros três dias de abril, o número já alcançou 204, representando um aumento de 30% em relação ao mês anterior. Até a manhã da última quinta-feira, 4, 81 pessoas estavam internadas devido à doença, sendo 13 em unidades de terapia intensiva (UTI).

O subsecretário de Vigilância e Atenção Integral à Saúde da SES, Luciano de Moura, destaca a importância de manter o autocuidado e procurar atendimento ao apresentar sintomas da dengue. Ele ressalta que os serviços de saúde devem permanecer mobilizados, mesmo diante da ocorrência de chuvas, temperaturas elevadas e circulação simultânea dos vírus da dengue e chikungunya.

Os primeiros sinais da dengue incluem febre, dor no corpo, mal-estar, falta de apetite, dor de cabeça e manchas avermelhadas pelo corpo. Já os sinais de alarme, que indicam agravamento da doença, são náuseas, vômitos, tontura e sangramentos na boca e no nariz. Moura destaca a importância de buscar atendimento mesmo com testes negativos de dengue, pois outros sinais clínicos indicam a presença de arboviroses.

Neste ano, foram notificados 172.248 casos de dengue, com 80.364 confirmações e 90 mortes pela doença, além de uma morte por febre chikungunya. A superintendente de Vigilância em Saúde da SES, Flúvia Amorim, alerta que a situação atual indica que a dengue pode atingir ou superar os níveis de gravidade registrados em 2022.

Diante da baixa procura pela vacina contra a dengue e da proximidade da data de vencimento do imunizante, em 30 de abril, a SES decidiu expandir a vacinação para todo o estado, remanejando doses para ampliar a cobertura vacinal. Flúvia reforça a importância da prevenção, incluindo a eliminação de focos do mosquito transmissor e a vacinação, disponível na rede pública para crianças e adolescentes de 10 a 14 anos.

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