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Goiânia, 29/05/24
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Militares alegaram que houve um confronto com supostos suspeitos de crimes em Pontalina e Trindade

PM afasta policiais envolvidos em incidente com dois mortos no Setor Jaó

03/04/2024, às 09:48 · Por Redação

A Polícia Militar do Estado de Goiás (PM-GO) anunciou o afastamento dos policiais do Comando de Operações de Divisas (COD) envolvidos em um caso que culminou na morte de dois homens no Setor Jaó, em Goiânia. Os militares alegaram que havia ocorrido um confronto com suspeitos de crimes em Pontalina e Trindade, porém um vídeo gravado por uma das vítimas contradiz essa versão, não mostrando qualquer reação hostil por parte dos abordados.

Segundo o Registro de Atendimento Integrado (RAI) da abordagem registrada em 1º de abril, os policiais afirmaram terem agido após receberem uma denúncia sobre três homens armados se passando por policiais civis para cumprir um mandado de prisão, supostamente com a intenção de sequestrar um quarto rapaz. Durante o patrulhamento, identificaram um veículo com características semelhantes e, ao tentar a abordagem, teriam sido alvejados.

O confronto resultou na morte de um dos suspeitos no local e outro foi encaminhado a uma unidade de saúde, onde também veio a óbito. Segundo a PM-GO, ambos tinham antecedentes criminais, com um deles tendo uma "extensa ficha criminal" por crimes como extorsão e tráfico de drogas, enquanto o segundo possuía passagens por porte ilegal de arma de fogo, extorsão e cárcere privado.

Entretanto, o vídeo gravado por uma das vítimas, antes de ser morto, não mostra nenhum disparo de arma de fogo por parte dos ocupantes do veículo. Após os tiros dos policiais, um dos ocupantes é visto pegando um objeto em uma sacola branca, atirando para o chão e colocando o objeto na cena do suposto confronto.

Diante das imagens, a PM-GO instaurou um Inquérito Policial Militar (IPM) e afastou os militares de suas atividades, ressaltando que não compactua com qualquer desvio de conduta por parte de seus membros. Os homicídios estão sendo investigados pela Delegacia de Investigação de Homicídios (DIH), e os militares envolvidos já foram inquiridos e estão à disposição da autoridade militar responsável pelo inquérito.


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