Enfermeira enfrenta denúncia por morte de jovem atropelado em Goiânia após recusar acordo legal

A enfermeira Shirlei Pinheiro de Jesus, de 40 anos, está enfrentando uma denúncia do Ministério Público de Goiás (MP-GO) pela morte do estudante Bruno Marques Mesquita de Araújo, de 18 anos, que foi atropelado na porta do prédio onde residia, no Setor Bela Vista, em Goiânia, em fevereiro de 2022. O acidente ocorreu quando Shirlei, não respeitando a sinalização de pare, colidiu com o veículo dirigido por Isabela Sousa Almeida, de 32 anos, que estava em alta velocidade. A colisão fez com que o carro de Isabela atingisse Bruno, que estava saindo para passear com seu cachorro.

Inicialmente, o Ministério Público tentou um Acordo de Não-Persecução Penal (ANPP) para ambas as mulheres envolvidas. Enquanto Isabela concordou com os termos do acordo, Shirlei recusou a oferta. O MP-GO, então, decidiu denunciá-la pelo crime. Isabela admitiu sua responsabilidade no acidente e aceitou pagar uma indenização de R$ 10 mil aos pais da vítima, realizar sete meses de serviços comunitários e ter sua carteira de motorista suspensa por quatro meses.

A denúncia argumenta que Shirlei não parou seu veículo na faixa da parada obrigatória, o que resultou no acidente fatal. O promotor Vilanir de Alencar Camapum Júnior, responsável pelo caso, rejeita a alegação de má visibilidade no cruzamento, afirmando que Shirlei poderia ter evitado o acidente ao agir com mais atenção e cuidado, conforme exigido pela sinalização de Pare.

A defesa de Shirlei argumenta que a morte de Bruno foi causada pelo excesso de velocidade do carro de Isabela e que, no máximo, a enfermeira seria responsável pela primeira colisão. No entanto, o caso segue em tramitação na Justiça, com Shirlei enfrentando uma acusação de homicídio culposo na direção de veículo automotor e uma possível definição de indenização a ser paga à família da vítima.

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