Casa de Acolhimento de crianças em Goiânia é interditada por falta de condições adequadas

A Justiça de Goiás emitiu uma ordem de interdição temporária para o Residencial Professor Niso Prego, casa de acolhimento de crianças localizada em Goiânia, devido às insuficiências significativas em infraestrutura e recursos humanos. A decisão, baseada em uma Ação Civil Pública proposta pelo Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) e aceita pela juíza da infância e juventude, Maria Socorro de Sousa Afonso da Silva, destaca que o ambiente não atende aos requisitos essenciais para acolhimento institucional.

Conforme a determinação judicial, o pedido inicial contempla a interdição e transferência das crianças por um período de quatro meses. Durante esse intervalo, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Humano e Social (Sedhs) terá a responsabilidade de reestruturar a equipe de cuidados infantis e realizar as adequações necessárias na infraestrutura. A Sedhs já iniciou a transferência das 23 crianças para o Abrigo Eunice Weaver e está em processo de reforma da casa de acolhimento.

Em nota, a Sedhs enfatizou que todos os esforços estão sendo feitos para garantir os direitos e o bem-estar das crianças assistidas. A Secretaria reafirmou seu compromisso com a atual gestão, destacando que as medidas cabíveis serão implementadas para assegurar os direitos das crianças e adolescentes atendidos.

O Residencial Professor Niso Prego desempenha o papel fundamental de acolher crianças e pré-adolescentes, vítimas de abandono, maus-tratos e violência. Com funcionamento 24 horas, a instituição tem a capacidade de abrigar até 50 crianças, encaminhadas pelo Conselho Tutelar e Juizado da Infância e Juventude. O acolhimento é conduzido por uma equipe técnica composta por assistentes sociais, psicólogos, enfermeiras e pedagogas, visando a reinserção dessas crianças na família ou em um lar adotivo.

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