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Goiânia, 29/05/24
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Bruno Santos

Deputado aliado de Bolsonaro, Gustavo Gayer é intimado pelo STF por denúncia de racismo; o deputado federal por Goiás foi intimado pela ministra Cármen Lúcia

Deputado aliado de Bolsonaro, Gustavo Gayer é intimado pelo STF por denúncia de racismo

28/02/2024, às 11:25 · Por Redação

Ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia determinou a intimação do deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) para que, em até 15 dias, ofereça uma resposta à denúncia por injúria e racismo apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) em novembro do ano passado. A acusação tem como base declarações controversas feitas pelo parlamentar durante sua participação no podcast "Três Irmãos" em junho de 2023.

Na ocasião, Gayer afirmou que "quase todos os países lá [na África] são [governados por] ditadores" e sugeriu que a democracia não prospera na região devido à suposta falta de capacidade cognitiva da população. As declarações foram proferidas em resposta ao apresentador do programa, Rodrigo Arantes, que também foi denunciado pela PGR. Arantes mencionou, de maneira pejorativa, o QI médio na África em comparação com macacos.

A Procuradoria-Geral da República solicita a condenação de Gustavo Gayer por mais de quatro anos e, em caso de condenação, pede a declaração da perda do mandato parlamentar. Além disso, a ministra Cármen Lúcia determinou que a rede social X (antigo Twitter) preserve e envie uma cópia digital da publicação em que o deputado proferiu ofensas ao ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida.

A ação da PGR teve como base denúncias apresentadas por parlamentares como Célia Xakriabá, Erika Hilton, Luciene Cavalcante e Talíria Petrone, todos do PSOL, além do próprio Silvio Almeida. Gustavo Gayer foi um dos aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que discursaram em um ato liderado por Bolsonaro no último domingo, 25.

Vale ressaltar que Gayer, em momentos distintos, declarou-se pardo ao concorrer ao cargo de prefeito de Goiânia em 2020 e branco ao disputar o posto que ocupa atualmente, em 2022. O caso agora segue para análise no STF, onde a resposta do deputado será avaliada no contexto da denúncia por injúria e racismo. As informações são da Folha de São Paulo.


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