Milhares de mandados de prisão pendentes agravam superlotação em presídios goianos

Goiás enfrenta uma crise no sistema penitenciário, com um total de 11,8 mil mandados de prisão pendentes, dos quais 331 são de foragidos e 11,5 mil de procurados. Esses números praticamente preenchem todas as vagas disponíveis nas unidades prisionais do estado, que já se encontram superlotadas. As estatísticas são provenientes do Banco Nacional de Monitoramento de Prisões (BNMP) do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Especialistas destacam que, embora alarmante, essa situação não é exclusiva de Goiás, sendo observada em todo o país.

Um dos indivíduos foragidos da Justiça goiana é Carlos César Savastano de Toledo, conhecido como Cacai, ex-auxiliar do governo estadual e ex-presidente do DEM (hoje União Brasil) de Anápolis, que está em fuga desde novembro. Os mandados de prisão expedidos pela Justiça devem conter informações detalhadas sobre o indivíduo a ser preso, incluindo dados pessoais, motivo do mandado e base legal para a prisão.

A responsabilidade pela captura dos foragidos recai sobre a Polícia Civil e a Polícia Federal, podendo haver atuação integrada com a Polícia Militar. Em outubro de 2022, a Força-Tarefa da Segurança Pública de Goiás (FTSP-GO) realizou uma megaoperação para cumprir 549 mandados de prisão contra detentos em todo o estado. Na ocasião, o delegado Ricardo Duarte, da Polícia Federal, explicou que o objetivo da força-tarefa era evitar que os presos permanecessem em liberdade, mesmo tendo mandados de prisão pendentes por outros crimes.

A situação evidencia a urgência de medidas eficazes para lidar com a questão da superlotação carcerária e o acúmulo de mandados de prisão, visando garantir a segurança pública e a efetividade do sistema de justiça criminal.

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