Crise da dengue atinge Goiás em níveis alarmantes, pior desde a década de 90, alerta SES

A crise da dengue atinge Goiás em proporções alarmantes, configurando a pior epidemia desde a década de 90, de acordo com dados divulgados pela Secretaria Estadual de Saúde de Goiás (SES-GO). O cenário, com 21.513 casos confirmados e seis mortes registradas no estado em 2024, é em apenas sete primeiras semanas. Esse número representa 31% do total de casos registrados em todo o ano de 2023.

A superintendente de Vigilância em Saúde da SES-GO, Flúvia Amorim, alerta para a gravidade crescente da situação, indicando que o aumento nos casos está associado a um agravamento na gravidade da doença. "Estamos caminhando para o pior cenário vivido no estado de Goiás desde a década de 90, em relação ao aumento de casos e aumento de mortes”, afirmou.

Comparando os casos notificados nas primeiras sete semanas de 2024, que somam 53.277, com o mesmo período de 2023, que registrou 20.503 casos, observa-se um aumento alarmante de 159% nos casos de dengue em Goiás. Atualmente, o estado ocupa a 5ª posição no ranking nacional de casos e mortes, ficando atrás apenas do Distrito Federal, Acre, Paraná e Espírito Santo.

A SES-GO destaca que 108 municípios em Goiás estão em situação de emergência para arboviroses. Seis mortes já foram confirmadas, ocorrendo em quatro municípios diferentes: Uruaçu, Águas Lindas de Goiás, Iporá e Cristalina. As vítimas têm perfis diversos, abrangendo desde adolescentes até idosos. A situação é crítica, com mais 65 mortes sob investigação pela SES-GO.

Diante desse cenário, a Prefeitura de Goiânia tomou medidas para enfrentar a epidemia e convocou 60 médicos para atuar na Atenção Primária. Além disso, desde a última segunda-feira, 54 Unidades de Saúde da Família (USF) e 21 Centros de Saúde (CS) na capital passaram a oferecer testes rápidos para diagnóstico da dengue, assim como tratamento e hidratação para os pacientes confirmados com a doença.

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