Nova versão contradiz relato policial sobre morte de motorista em blitz em Goiânia

Uma nova versão apresentada pela mãe do mecânico Marcus Phelipe de Souza Almeida, morto durante uma perseguição policial em Goiânia, contradiz o relato inicial dos policiais envolvidos. Neurelice Alves Barbosa afirmou em depoimento à Polícia Militar que seu filho, que estava como passageiro no carro, não estava armado no momento da abordagem policial.

O incidente ocorreu durante uma blitz da Balada Responsável, em 20 de outubro de 2023, quando Marcus Phelipe tentou evitar a fiscalização. A versão oficial da polícia sustentava que o jovem teria disparado contra os policiais, resultando em sua morte durante a perseguição. A mãe do motorista prestou depoimento à corregedoria da PM em 28 de novembro, contestando a narrativa policial.

O inquérito da Polícia Militar foi encaminhado à Justiça em 6 de fevereiro, ignorando as versões apresentadas pela mãe e pelo próprio tapeceiro Gustavo Alves Maciel, condutor do veículo, que negou ter visto uma arma com o amigo. Os policiais envolvidos afirmaram que agiram em legítima defesa, alegando que Marcus Phelipe atirou contra eles durante a fuga.

A versão dos familiares foi reforçada durante a reprodução simulada da cena do crime realizada na noite de segunda-feira, 19, enquanto parentes de Marcus Phelipe protestavam contra a impunidade. Os policiais investigados alegam ter atirado em legítima defesa, mas o inquérito não inclui laudos ou perícias realizadas pela Polícia Técnico Científica (PTC).

Cinco policiais militares estão sendo investigados no caso, e as versões conflitantes continuam gerando controvérsias. O inquérito da Polícia Civil, que também apura o ocorrido, permanece em andamento. Na última segunda-feira, peritos da PTC realizaram uma reprodução simulada da cena do crime, buscando esclarecer os detalhes do incidente.

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