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DivulgaçãoDemóstenes Torres assume defesa do ex-comandante da Marinha citado em investigação sobre suposto golpe; Almir Garnier Santos é investigado pela operação Tempus Veritatis
Ex-comandante da Marinha citado em golpe confirma que contratou Demóstenes para defendê-lo
11/02/2024, às 10:15 · Por Redação
O ex-senador e advogado Demóstenes Torres assumiu a defesa do ex-comandante da Marinha, Almir Garnier Santos, em meio às investigações da operação Tempus Veritatis, que apura possíveis ações de uma organização criminosa ligada ao núcleo do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), com suspeitas de planejar um golpe de Estado.
O militar Garnier Santos, alvo dessa investigação, procurou o escritório de Demóstenes em Brasília na última quinta-feira, 8. O advogado já solicitou acesso aos autos do processo, mas ressaltou ao jornal Opção que, até tomar conhecimento detalhado de todas as acusações que envolvem seu novo cliente, não fará comentários sobre o caso.
Almir Garnier Santos foi mencionado na delação do ex-ajudante de ordens tenente-coronel Mauro Cid como o único chefe de uma Força a aderir ao suposto plano golpista, visando manter Jair Bolsonaro no poder. Segundo Cid, o almirante teria comunicado ao ex-presidente, em reunião no Palácio da Alvorada, a prontidão de sua tropa para atender a um possível chamamento de Bolsonaro. Vale destacar que, na ocasião, o comando do Exército não teria se envolvido na trama, conforme o relato de Mauro Cid.
Além da investigação no âmbito da operação Tempus Veritatis, Garnier também foi alvo de indiciamento na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que apura os atos antidemocráticos do 8 de janeiro de 2023. O ex-comandante enfrenta acusações relacionadas aos crimes de associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado, conforme revela a investigação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI).
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