Cresce procura por vacina da dengue e já há falta na rede privada em Goiânia

Enquanto o Sistema Único de Saúde (SUS) aguarda a chegada das doses da nova vacina contra a dengue, a Qdenga, a rede privada enfrenta uma corrida aos estoques limitados. A farmacêutica japonesa Takeda, fabricante do imunizante, prioriza o atendimento ao Ministério da Saúde (MS), deixando a demanda da rede privada em segundo plano.

A vacinação na rede pública está programada para iniciar na faixa etária de 10 a 14 anos, porém, a data exata ainda não foi divulgada, com expectativas para fevereiro. Enquanto isso, o estado de Goiás já registra 27 mil casos da doença e três óbitos desde o início do ano.

A inclusão da vacina no rol do SUS em dezembro passado enfrenta desafios devido à capacidade restrita de fornecimento pela Takeda. A distribuição inicial será para 134 municípios goianos, priorizando regiões com maior prevalência do sorotipo 2 da doença.

Na rede privada, a procura é intensa, com preços variando entre 390 e 464 reais por dose. O esquema completo requer duas doses, com um intervalo de três meses entre elas. Laboratórios como Padrão e Vacine relatam estoques esgotando rapidamente, apesar dos preços elevados.

Para o ano de 2024, o MS adquiriu 6,5 milhões de doses da vacina, com mais 9 milhões previstas para 2025. No entanto, o quantitativo a ser distribuído ainda não foi divulgado. A SES-GO aguarda informações do ministério sobre a distribuição das vacinas.

A aplicação prioritária em crianças e adolescentes se deve à alta incidência de casos graves nessa faixa etária. A vacina, aprovada pela Anvisa em março de 2023, pode ser administrada em pessoas de até 60 anos, mas a prioridade é para o grupo mais jovem.

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