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Goiânia, 29/05/24
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Valério Luiz Filho, filho do radialista e assistente de acusação, expressa ansiedade, destacando a dificuldade de reverter a condenação após a decisão do Tribunal do Júri

Julgamento de apelações no caso Valério Luiz agita expectativas; data está marcada para 19 de fevereiro

02/02/2024, às 16:36 · Por Redação

O julgamento dos recursos à segunda instância referentes ao caso do assassinato do radialista Valério Luiz, ocorrido em 2012, está programado para acontecer no dia 19 de fevereiro deste mês. Contudo, a sessão pode ser adiada para o dia 27, pois os advogados de acusação planejam solicitar sustentação oral. Valério Luiz Filho, assistente de acusação e filho do radialista assassinado, revela ao jornal Opção que, com a proximidade do julgamento, a ansiedade é evidente, mas observa que, tecnicamente, a situação não é favorável aos acusados.

Ele ressalta que, embora o Código de Processo Penal permita, desde 2019, o cumprimento da prisão após uma condenação do Tribunal do Júri, o entendimento do Superior Tribunal de Justiça (STJ) é que esse instrumento é inconstitucional. Valério argumenta que a segunda instância não tem o poder de reformar a decisão dos jurados e torna praticamente impossível para os acusados reverterem a condenação. 

“Eles pediram a anulação do julgamento e elencaram uma série de elementos que consideram que não foram cumpridos. Outro argumento também é sobre a imparcialidade do juiz que teria sido muito duro com os acusados,” destaca Valério. Os réus no caso são Ademá Figueredo, Marcus Vinícius Xavier, Urbano Malta e Maurício Sampaio, apontado como o mandante do crime, todos condenados a 16 anos de prisão em regime fechado.

O caso ocorreu em 5 de julho de 2012, quando Valério Luiz de Oliveira foi assassinado ao sair da rádio onde trabalhava no Setor Serrinha, região sul de Goiânia. O crime ocorreu por volta das 14 horas, próximo à emissora, na Rua T-38, no Setor Bueno. Ademá Figuerêdo Aguiar Filho foi identificado como o executor, tendo contado com a participação dos demais denunciados, conforme apontado no inquérito policial. A motivação do assassinato estaria relacionada às críticas feitas por Valério à diretoria do Atlético Clube Goianiense, clube dirigido por Maurício Sampaio.


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