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Goiânia, 29/05/24
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Outras cinco pessoas também foram indiciadas no processo. Câmeras foram descobertas durante a manutenção em uma luminária na sala de uma vereadora

Ex-presidente da Câmara de Pires do Rio é indiciado por espionagem com dinheiro público

26/01/2024, às 16:30 · Por Redação

O ex-presidente da Câmara Municipal de Pires do Rio, no sudeste de Goiás, foi indiciado por usar dinheiro público para instalar câmeras escondidas para espionar colegas. Além dele, outras cinco pessoas também foram indiciadas no processo. Câmeras foram descobertas durante a manutenção em uma luminária na sala de uma vereadora.

A investigação da Polícia Civil (PC) foi finalizada na terça-feira (23). Os indiciados são o ex-presidente, Denilson de Castro, a esposa dele, Fátima Meneses, a ex-diretora da Câmara, Glaucia Nunes, o funcionário do órgão, João Guilherme Nunes, o dono da empresa que instalou as câmeras, Fagner Mendes, e o técnico em segurança, Flávio Willian de Jesus.

De acordo com a investigação, em março de 2022, um funcionário realizava a manutenção de uma luminária na sala de uma servidora e, na ocasião, encontrou uma microcâmera com captação de áudio. Neste momento, a polícia foi chamada e começou a investigar o caso.

Nas buscas nas dependências da Casa Legislativa, os policiais encontraram o aparelho ADV conectado à câmera. Durante a investigação, descobriram ainda que uma segunda microcâmera foi instalada na sala de uma vereadora, mas que já havia sido retirada.

Após a apreensão das câmeras, a polícia passou a ouvir os servidores da Câmara e os funcionários da empresa dona do aparelho. Nesses interrogatórios, a polícia descobriu que Flávio instalou as câmeras em novembro de 2021 a mando de Fagner e contou com apoio de João.

Neste momento, a polícia solicitou a quebra do sigilo dos celulares dos investigados e, durante a análise, encontrou conversas entre Fagner, João e Glaucia sobre a instalação e descoberta das câmeras. Descobriu ainda ligações de Fagner com Denilson, que também conversava com Fátima.

Segundo a Polícia Civil (PC), as câmeras foram instaladas para acompanhar as movimentações políticas entre a servidora e a vereadora, donas das salas onde elas estavam. Além disso, diz que todos os indiciados sabiam dos aparelhos, que, inclusive, foram comprados com dinheiro público.

Com isso, a polícia indiciou os seis investigados por interceptar as conversas das servidoras sem autorização judicial. Fagner, Denilson, Fátima e Glaucia responderam pelos crimes de falsidade ideológica e por usar dinheiro público para benefício próprio.


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