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Justiça Federal de Goiás sentencia Carlinhos Cachoeira a 9 anos e 4 meses de prisão por corrupção ativa, em ação relacionada a benefícios a desembargador do Trabalho

Carlinhos Cachoeira recebe nova condenação, agora por corrupção ativa

26/01/2024, às 10:25 · Por Redação

O contraventor Carlinhos Cachoeira enfrenta sua sexta condenação, agora por corrupção ativa, imposta pela Justiça Federal de Goiás, que o sentenciou a 9 anos e 4 meses de prisão. O Ministério Público Federal (MPF) apresentou a denúncia, acusando Cachoeira de oferecer vantagens indevidas ao ex-desembargador do Trabalho Júlio César Cardoso de Brito em troca de favores para a organização criminosa liderada pelo contraventor. Júlio e Gleyb Ferreira da Cruz também foram condenados à mesma pena, por corrupção passiva.

A sentença, proferida pelo juiz federal substituto Gilson Jader Gonçalves Vieira Filho, da 11ª Vara Federal Criminal de Goiás, na última segunda-feira , 22, destaca que o ex-desembargador recebeu benefícios patrimoniais ilícitos do grupo de Cachoeira, incluindo ingressos para shows, bebidas caras, empréstimo de carro de luxo, viagens internacionais e pagamento de dívida relacionada à aquisição de um automóvel.

O processo, instaurado a partir de denúncia do MPF, aborda quatro episódios, dos quais o juiz considerou evidências de corrupção em um caso específico. Nesse episódio, Júlio, enquanto corregedor regional, concedeu uma liminar que cassou a decisão de uma juíza em Porangatu, beneficiando a empresa MCLG Administração e Participações, associada ao empresário Marcelo Henrique Limírio Gonçalves, citado como sócio de Cachoeira.

Os condenados, incluindo Cachoeira, devem pagar 246 dias-multa, sendo que o valor por dia-multa é de cinco salários mínimos para o contraventor e um salário mínimo para os demais, considerando a situação financeira do réu à época do crime. A defesa de Cachoeira pretende apresentar recurso argumentando a nulidade do processo, destacando que Júlio, enquanto desembargador, tinha prerrogativa de foro.

O advogado Cleber Lopes de Oliveira, que representa Cachoeira, afirmou que o processo está em fase de avaliação de admissibilidade do recebimento de recurso especial e lamentou o que considera condenações manifestamente nulas. A soma das condenações de Carlinhos Cachoeira na Justiça Federal de Goiás ultrapassa 60 anos, e ele também enfrenta processos na Justiça do Rio de Janeiro, onde já foi condenado em primeira instância. As informações são do jornal O Popular.


Justiça Condenação Carlinhos Cachoeira Goiás
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