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Crise no transporte público de Anápolis se aprofunda diante da inércia da prefeitura

Crise no transporte público de Anápolis se aprofunda diante da inércia da prefeitura

19/01/2024, às 11:50 · Por Redação

O transporte público em Anápolis enfrenta uma situação crítica, à medida que a prefeitura mantém-se inerte diante das demandas da Urban, empresa privada responsável pelo serviço na cidade. O impasse, que se arrasta há mais de um ano, está gerando dívidas e insatisfações crescentes, ameaçando a qualidade e a sustentabilidade do serviço essencial.

Embora a Urban seja uma empresa privada, a concessão para operar depende da autorização da prefeitura para ajustes nos preços das passagens. O problema reside na falta de análise da planilha de custos da empresa, que aguarda resposta do poder público. O diretor jurídico do Grupo São José, proprietário da Urban, Carlos Leão, expressou preocupação com a ausência de providências.

"Sempre fazemos o requerimento e reiteramos, mas até o momento não temos notícias de providências", declarou Leão ao Portal 6. Ele destacou que os custos operacionais da empresa já ultrapassam o valor da passagem, um cenário agravado pela crise econômica da pandemia em 2020.

A aparente vantagem do congelamento dos preços para os usuários oculta uma situação que pode se tornar mais crítica. A defasagem salarial dos motoristas e demais funcionários da Urban, sem aumento desde 2022 devido à falta de resposta da administração municipal, pode resultar em uma possível paralisação da categoria.

Carlos Leão afirma que a Urban solicita constantemente à prefeitura que tome medidas, informando sobre os custos operacionais e a necessidade de reajuste salarial. No entanto, a falta de ações por parte do município coloca em risco não apenas os usuários, mas também os colaboradores da empresa.

O representante destaca que a solução para o problema não implicaria necessariamente em aumentar a tarifa, mas poderia envolver o emprego de subsídios por parte do município para cobrir o déficit orçamentário. "A empresa formalizou requerimentos nesse sentido, inclusive com apresentação de estudos técnicos", ressalta Carlos Leão.

Estudos embasados pelo presidente da Agência Reguladora do Município (ARM), Robson Torres, sugerem a necessidade de implementar ferramentas, como subsídios, para manter o sistema. Robson destaca que, segundo pesquisas da ARM, o custo por passageiro está em torno de R$ 7. Até o momento, a Prefeitura de Anápolis não se pronunciou sobre a crise no transporte público.


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