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Goiânia, 29/05/24
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Tesouro Nacional deu o aval à revisão do plano de recuperação fiscal de Goiás, permitindo ao estado antecipar sua saída do programa em três anos

Goiás tem plano de recuperação fiscal aprovado pelo Tesouro Nacional com saída antecipada em 3 anos

12/01/2024, às 08:11 · Por Redação

Goiás conquistou a aprovação do Tesouro Nacional para a revisão do seu Plano de Recuperação Fiscal (PRF), que marca uma saída antecipada em três anos do programa. A atualização, aprovada nesta quinta-feira, 11, também elimina a venda de ações da Saneago, originalmente prevista no plano. Agora, o Estado estabelece 2027 como o ano de equilíbrio fiscal, três anos antes da projeção inicial de 2030.

A revisão contempla a inclusão de duas operações de crédito, totaliza cerca de R$ 1,3 bilhão, e a venda da Companhia Celg de Participações (CelgPar), estimada em R$ 450 milhões. Estão previstos empréstimos de 161 milhões de dólares do Banco Mundial para o programa Goiás em Movimento Reconstrução e 99,8 milhões de dólares do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para o Projeto de Modernização da Gestão do Fisco (Profisco 3).

Outra mudança é a exclusão da venda de ações da Saneago ao longo do PRF, que altera o plano original que previa a venda de 49% dessas ações em 2024. A medida tem como objetivo fortalecer a economia estadual e garantir a sustentabilidade financeira.

O governo goiano também ajustou os valores das ressalvas anuais para gastos dos poderes e órgãos com pessoal. Em 2024, a previsão passa a ser de R$ 2,12 bilhões, uma redução em relação aos R$ 2,59 bilhões iniciais. Para 2027, o valor estimado é de R$ 3,41 bilhões, modificando a previsão original de R$ 2,59 bilhões. Essas ressalvas buscam equilibrar a curva de gastos com pessoal, atendendo à lei do RRF, que exige compensações para qualquer aumento nesse tipo de despesa.

O pedido de revisão do PRF foi protocolado em dezembro de 2023, passando por uma análise de 30 dias pelo Tesouro Nacional. A secretária estadual da Economia, Selene Peres, disse ao jornal O Popular que houve esforços para esclarecer dúvidas contábeis e fornecer detalhes adicionais solicitados pela STN.

A revisão agora será submetida à análise do Conselho de Supervisão do RRF, prevista para a próxima segunda-feira, 15. Posteriormente, a assinatura do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, será necessária, sem data definida até o momento.

O governo goiano, ao permanecer no regime, espera uma economia significativa em 2024, de R$ 1,3 bilhão em serviço da dívida, enquanto o pagamento será de R$ 1,2 bilhão. Selene Peres assegura que a suspensão parcial do pagamento não implicará em um aumento desproporcional da dívida de Goiás em relação à Receita Corrente Líquida (RCL), mantendo o equilíbrio fiscal do estado.

A secretária afastou a possibilidade de o Tesouro Nacional sugerir novamente a saída de Goiás do RRF, lembrando que o encerramento do programa ocorre quando o estado consegue gerar um resultado primário suficiente para cobrir todo o serviço da dívida. De acordo com as projeções, isso deve ocorrer em 2027.


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