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Goiânia, 10/06/24
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Mudas de pequi sem espinhos estarão disponíveis no mercado ainda este ano; viveiros credenciados iniciam a multiplicação das mudas do pequi sem espinhos, fruto de estudos da Emater e Embrapa Cerrados

Mudas de pequi sem espinhos estarão disponíveis no mercado ainda este ano

06/01/2024, às 09:54 · Por Redação

A expectativa dos apreciadores do pequi está em alta com a chegada das mudas do pequi sem espinhos ao mercado, resultado de estudos realizados pela Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária (Emater) em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Cerrados). Após a clonagem da árvore e diversos estudos, as mudas foram repassadas a viveiros credenciados para multiplicação, com previsão de disponibilidade para o público até o fim deste ano.

Desde o anúncio da produção dessas mudas pela Emater, a procura tem sido intensa, indo além das fronteiras de Goiás, com produtores do Sul do país interessados, embora a viabilidade nessas regiões ainda não tenha sido estudada devido às ocorrências de geadas. A engenheira agrônoma Elainy Botelho, coordenadora da pesquisa do pequi sem espinho, destaca a surpreendente demanda, não apenas de produtores, mas também de proprietários de chácaras, fazendas e até donas de casa que desejam cultivar a árvore em seus quintais.

A pesquisa, iniciada no final da década de 1990, resultou na clonagem e seleção de três variedades de pequi sem espinhos, cujas mudas foram lançadas no ano passado. Viveiristas credenciados pelo Ministério da Agricultura estão multiplicando as mudas enxertadas, que serão disponibilizadas ao público, provavelmente até o final deste ano, ao valor inicial de R$ 25 por muda.

Apesar da demanda, estimada em cerca de 100 mil mudas, Elainy Botelho revelou ao jornal O Popular que a capacidade dos viveiros em produzir volumes tão grandes imediatamente ainda é incerta. O forte interesse revela a conexão emocional dos goianos com o pequi, evidenciando o desejo de ter uma árvore do fruto em casa.

A pesquisadora esclarece que a Emater não tem estrutura para atender a uma demanda tão significativa, sendo sua função principal realizar as pesquisas e fornecer o material genético aos viveiristas para a multiplicação. Após o registro da cultivar no Ministério da Agricultura, é possível ceder o material genético, um processo que demanda avaliações rigorosas.

Elainy Botelho ressalta que, apesar das reclamações sobre a demora, seguir um protocolo é de extrema importância, incluindo o preenchimento detalhado de formulários técnicos. Atualmente, cerca de mil plantas para experimento são cultivadas pela Emater, sendo testadas em diversas regiões do estado para compreender o comportamento da produção em diferentes condições climáticas.

A pesquisadora prevê que o pequi sem espinhos só chegará aos supermercados dentro de três ou quatro anos após a comercialização das mudas no mercado, quando a produção em larga escala se inicia. O pesquisador Ailton Vitor Pereira, mestre e doutor em Agronomia, lembra que as pesquisas e produção de mudas começaram nos anos 2000, com o trabalho de seleção de variedades mais produtivas, visando o aprimoramento da produção comercial do fruto.

Os cuidados na produção do pequi sem espinhos serão semelhantes às variedades com espinhos, e embora as árvores sejam menos produtivas, o sabor é mais suave, atraindo um público mais amplo. O interesse dos viveiristas e agricultores familiares, aliado à aceitação do público, sugere que o pequi sem espinhos pode se tornar uma novidade atrativa no mercado.


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