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Leonardo Pereira Alves Filho prestou depoimento à polícia nesta terça-feira, 26

Ex de advogada suspeita de homicídio lamenta brutalidade e fala pela primeira vez

27/12/2023, às 11:55 · Por Redação

O médico Leonardo Pereira Alves Filho, ex da advogada Amanda Partata, que é investigada por envenenar e matar seu pai, Leonardo Pereira Alves, e a avó, Luzia Tereza Alves, falou pela primeira vez sobre o caso. Em depoimento à polícia, ele expressou seu luto e surpresa diante da brutalidade do crime que vitimou seus familiares.

"A gente nunca imaginava que qualquer coisa justificasse tamanha brutalidade. E a gente está vivendo nosso luto. Tem sido muito difícil", desabafou o médico, que prestou depoimento junto com a mãe, Elaine, e a irmã Maria Paula, nesta terça-feira, 26.

A advogada Amanda Partata foi presa temporariamente na última quarta-feira, 20, e compareceu a uma audiência na quinta-feira, 21, onde negou a autoria do crime. Seus advogados divulgaram uma nota destacando que aguardarão o desenrolar das investigações para se pronunciarem sobre as acusações. Eles contestam a legalidade da prisão e enfatizam que Amanda se apresentou voluntariamente à delegacia, entregou documentos e informou sobre sua localização e estado de saúde.

O caso está sendo investigado desde o dia 18 de dezembro, quando Leonardo Pereira Alves morreu. Segundo informações registradas em boletim de ocorrência, a esposa de Leonardo afirmou que a ex-nora comprou alimentos, incluindo doces, para um café da manhã em família. Horas após a ingestão, tanto Leonardo quanto Luzia começaram a apresentar sintomas como dores abdominais, vômitos e diarreia, levando-os à internação no Hospital Santa Bárbara, em Goiânia. Ambos não resistiram.

O delegado Carlos Alfama, responsável pelo caso, acredita que Amanda teria colocado veneno em algum dos alimentos servidos durante o café da manhã. O delegado destacou que a advogada, ao ser questionada se havia tomado o suco, "travou". A Polícia Científica busca identificar a substância exata utilizada no envenenamento e descarta o uso de pesticidas. Mais de 300 substâncias foram analisadas, mas o resultado ainda é aguardado.

O delegado Carlos Alfama sugeriu que o crime pode ter sido motivado pela advogada se sentir rejeitada após o término do relacionamento com Leonardo Filho. Mesmo separados, Amanda continuava frequentando a casa da família do ex-namorado,  por alegar uma gravidez que a polícia considera falsa. O delegado concluiu que a morte foi por envenenamento e descarta intoxicação alimentar ou infecção bacteriana.


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