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Mesmo preso, prefeito de Iporá nomeia "gestor" da prefeitura após denúncia do MP-GO; Naçoitan Leite foi preso por tentativa de feminicídio

Prefeito de Iporá nomeia "gestor" da prefeitura após denúncia do MP-GO

02/12/2023, às 10:24 · Por Redação

O prefeito de Iporá, Naçoitan Leite, mesmo sob prisão preventiva por tentativa de feminicídio, nomeou, nesta sexta-feira, 1º, um "gestor" para a administração pública municipal. A ação ocorreu após o Ministério Público de Goiás (MP-GO) apresentar denúncia contra Naçoitan, acusando-o de tentar matar a ex-mulher, Hayzza Haytt Souza Alves, e o namorado dela, Guilherme Fernandes Silva.

Naçoitan está internado desde quinta-feira, 30, na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Iporá, após apresentar quadro de pressão alta. Seu advogado, Vasconcelos Paes Balduino, alegou que o prefeito precisou de avaliação cardiológica em decorrência da pressão elevada. Mesmo sob custódia e internação, Naçoitan assinou um decreto nomeando o secretário de Agricultura e ex-prefeito, Danilo Gleic Alves dos Santos, como "gestor da administração pública municipal", sem claras especificações legais para tal função.

A Câmara Municipal de Iporá, por sua vez, está em processo para dar posse à vice-prefeita, Maysa Cunha (PP), após recomendação do MP-GO. Entretanto, a situação permanece incerta, pois a maioria dos 13 vereadores é aliada de Naçoitan. Maysa, apesar do rompimento político com o prefeito há aproximadamente cinco meses, nunca teve participação efetiva na administração.

A denúncia apresentada pelo promotor de Justiça Luís Gustavo Soares Alves detalha a tentativa de feminicídio, indicando que Naçoitan agiu de forma premeditada, utilizando uma arma de fogo para atacar a ex-mulher e o namorado. A investida ocorreu na casa de Hayzza, onde o prefeito disparou vários tiros. Naçoitan e Hayzza foram casados por cerca de sete anos, encerrando o relacionamento em setembro de 2023.

O MP-GO também se manifestou contra o pedido de prisão domiciliar feito pela defesa de Naçoitan, após a 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO) negar o habeas corpus. A defesa planeja recorrer ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). Os advogados argumentam problemas de saúde do prefeito e sua colaboração ao se entregar à polícia, ressaltando que, durante o depoimento, ele alegou perda de memória.


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