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Goiânia, 29/05/24
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Reprodução - Tribuna do Planalto

Ao jornal Tribuna do Planalto, Ana Paula Rezende defende a necessidade de união no MDB e, apesar de ter sido cogitada como candidata à Prefeitura de Goiânia, recusa a ideia, mas opta por contribuir de outras maneiras no campo político

Em entrevista, Ana Paula diz que seu papel é o de manter a história de Iris

12/11/2023, às 16:59 · Por Redação

Após a morte do ex-governador e ex-prefeito de Goiânia, Iris Rezende, Ana Paula, que compartilhou quase 30 anos de trabalho com o pai, assume o compromisso de manter viva a história do político, uma figura marcante para Goiás. No escritório de Iris, localizado na Avenida T-9, Ana Paula recebe diariamente visitas de líderes políticos e amigos que desejam compartilhar memórias com o histórico emedebista.

“Eu acho que o meu papel é o de manter a história do meu pai. Nós tivemos um privilégio muito grande de ter tido um político em Goiás como o meu pai, porque a política é uma atividade muito nobre. Hoje, falar que é político pega mal, mas a política verdadeira é aquela que a pessoa se doa, pensa em ajudar o próximo, e essa política meu pai fez”, pontuou.

Embora tenha sido cotada para disputar a Prefeitura de Goiânia, Ana Paula surpreendeu ao recusar a candidatura. Em entrevista ao jornal Tribuna do Planalto, ela justificou a decisão com base nos ensinamentos do pai, Iris Rezende, que aconselhava a necessidade de aprender a fazer política antes de assumir responsabilidades significativas. Ana Paula expressou a dificuldade de preencher os sapatos do pai e destacou a selvageria do cenário político atual.

“A política que eu vivi era muito diferente, porque eu convivi com um político muito extraordinário e muito diferente, porque ninguém vive 24 horas pensando no que que pode fazer para melhorar, ajudar, isso, hoje, é muito difícil. Meu pai, com a sabedoria e a experiência que tinha, 70 anos de vida pública, passou por todos os cargos, teve dificuldades, mas se não fosse ele, do jeito que ele era, com a força que tinha, com sua sabedoria, ninguém dava conta”, revelou.

Na entrevista, Ana Paula abordou o papel de preservar a história de Iris e destacou a importância de um partido unido. Apesar de admitir que não é o momento certo para se candidatar, ela não descarta a possibilidade de contribuir em outros cargos políticos, como vereadora, desde que respeitando os princípios e ensinamentos do pai.

Quanto ao MDB, Ana Paula enfatizou a lealdade da família ao partido e seu compromisso em manter a coesão interna. Ela defende a importância de escolher candidatos sérios e experientes para a cidade, independentemente do partido, visando o bem-estar da população.

A entrevista revela um debate interno na família de Ana Paula sobre sua entrada na política partidária. Enquanto irmãos a apoiam, marido e filha expressam desacordo, preocupados com as dificuldades enfrentadas por Iris Rezende durante sua vida política. No entanto, Ana Paula destaca a possibilidade de contar a história de seu pai e construir seu caminho de maneira diferenciada na política.

“Meus irmãos me apoiam e esses dias meu irmão (Cristiano) veio aqui e disse que se eu for candidata ele vai para a rua. Na minha casa, meu marido e minha filha não concordam e eu respeito e entendo, porque a vida do meu pai, o exemplo que tivemos foi de uma vida difícil para a família, principalmente. Mas tenho certeza que, se eu decidisse entrar para a política, eles iriam junto comigo”, concluiu.


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