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Governador de Goiás lembra problemas vividas pelos goianos com a mesma empresa que distribui energia em SP

‘Enel é caso de polícia e Tarcísio tem de jogar pesado’, alerta Caiado sobre apagão em SP

08/11/2023, às 17:52 · Por Redação

O governador de Goiás Ronaldo Caiado (UB) foi taxativo quando perguntado sobre o conselho que daria ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), para enfrentar os problemas com a empresa Enel na distribuição de energia no Estado. “Enel é caso de polícia. Tem que ser jogo pesado. Em Goiás, consegui expulsá-los”, afirmou ao Estadão.

A empresa deixou de prestar o serviço em Goiás depois de enfrentar várias queixas no Estado, que vivenciou várias crises no abastecimento. Em setembro de 2022, a Enel vendeu a distribuição de energia no estado para a Equatorial Energia, por R$1,6 bilhão. A transação foi aprovada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), em dezembro, e a nova empresa assumiu o serviço no Estado.

No entendimento do governo, a empresa fez a transação pouco antes de ser descredenciada, pois sabia que isso seria o caminho natural diante dos problemas no serviço oferecido no Estado.

A Enel era questionada por descumprimento de metas e acumulava índices negativos de desempenho no Estado. Dados da Aneel, por exemplo, mostram que o serviço de fornecimento de energia foi interrompido além dos limites estabelecidos, por diversos anos.

Em 2019, a população goiana ficou 23,07 horas sem energia, o limite seria 13,44. Em 2020, foram 16,48 horas sem luz e, em 2021, 18,75, quando os limites deveriam ser 12,95 e 12,58, respectivamente.

Em outubro do ano passado, Caiado entrou na Justiça para exigir que a Enel fizesse os serviços de manutenção preventiva, às vésperas do período chuvoso. A empresa já tinha vendido o serviço para a Equatorial, mas ainda estava responsável pelo atendimento.

O governador Ronaldo Caiado avalia que outras empresas privadas que estão prestando serviço de distribuição de energia também deixam a desejar. “O maior problema em Goiás é a péssima distribuição de energia e a incapacidade de responder à demanda”, reclamou.

Em nota, a Enel afirmou que investiu mais de R$ 7 bilhões, ou uma média de cerca de R$ 1,2 bilhão por ano, construiu 19 novas subestações e modernizou outras 140, nos seis anos de concessão em Goiás. Disse, também, que construiu 21 mil quilômetros de novas redes elétricas.


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