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Goiânia, 29/05/24
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Desembargador Adriano Roberto Linhares Camargo foi suspenso cautelarmente do cargo pelo Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) após suas declarações em defesa do fim da Polícia Militar (PM)

Desembargador que pediu fim da PM de Goiás é suspenso do cargo

07/11/2023, às 09:39 · Por Redação

O desembargador Adriano Roberto Linhares Camargo foi suspenso cautelarmente do cargo pelo Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) após suas declarações polêmicas durante uma sessão de julgamento transmitida ao vivo. Durante o evento, Camargo defendeu o fim da Polícia Militar (PM) de Goiás e gerou uma onda de críticas e pedidos de impeachment por parte do governador Ronaldo Caiado (União Brasil).

As declarações ocorreram na manhã desta quarta-feira, 1º, durante uma sessão do TJ-GO, onde o desembargador comentou sobre abusos e excessos durante operações policiais. Ele afirmou que a PM deveria ser extinta, alegando que a corporação é uma reserva técnica do Exército e que seu papel deveria ser enfrentar inimigos. Camargo também sugeriu a necessidade de uma abordagem diferente para investigar e reprimir o crime.

Após a repercussão das declarações, o governador Caiado se manifestou em um vídeo nas redes sociais, chamando as afirmações do desembargador de "agressão à PM" e um "atentado à Constituição Brasileira". Caiado solicitou que o conselho de ética do tribunal avalie as palavras de Camargo e aplique as devidas penas.

Em resposta à situação, o TJ-GO decidiu pela suspensão cautelar do desembargador do cargo. Camargo terá 15 dias para se manifestar sobre o caso. Após esse período, o Órgão Especial do tribunal decidirá sobre a abertura de um processo administrativo disciplinar. O desfecho do caso será aguardado com atenção pela comunidade jurídica e pela sociedade, dada a relevância do tema e as repercussões das declarações de Camargo.

A Associação dos Magistrados de Goiás (Asmego) informou que a assessoria jurídica da associação "estuda o ocorrido e prestará assistência necessária ao associado, para que medidas cabíveis sejam adotadas, com o objetivo de assegurar o devido processo legal".


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