Fala do desembargador que pediu a extinção da PM causa indignação na corporação

As declarações do desembargador Adriano Roberto Linhares Camargo, que sugeriu a extinção da Polícia Militar de Goiás, provocaram indignação na corporação. Um coronel da Polícia Militar, que preferiu não ser identificado, expressou "repulsa" às palavras do magistrado, enfatizando que ele parece viver em um mundo distante da realidade das operações policiais no estado.

O oficial da PM contestou as afirmações do desembargador e destacou que a polícia goiana é uma das mais bem preparadas do Brasil e age com rigor, porém apenas contra criminosos, não contra cidadãos de bem. Ele apontou a periculosidade das operações e ressaltou que, nos últimos três semanas, houve um aumento significativo no número de policiais feridos em confrontos.

Além disso, o coronel enfatizou o esforço da Polícia Militar no combate ao crime organizado, que tem se armado cada vez mais pesadamente, inclusive com armamentos mais potentes do que os utilizados pela polícia. Ele questionou as intenções por trás das palavras do desembargador, sugerindo que ele poderia estar agindo por influências externas.

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, demonstrou seu apoio à Polícia Militar e repudiou veementemente as declarações do desembargador. Em um vídeo divulgado, Caiado criticou o magistrado por sua falta de conhecimento sobre a Constituição brasileira, que prevê a criação da Polícia Militar para garantir o Estado Democrático de Direito. O governador solicitou ao Conselho de Ética do Tribunal de Justiça que avalie as palavras de Adriano Roberto Linhares Camargo e pediu seu impeachment.

O Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) e nem o próprio desembargador Adriano Linhares não se pronunciaram em relação ao ocorrido. As informações são do jornal Opção. 

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