Desamparo em Anápolis: pacientes com leucemia sofrem com falta de tratamento

A sensação de desamparo toma conta dos moradores de Anápolis diagnosticados com leucemia, um câncer hematológico agressivo, que requer tratamento imediato e especializado. No entanto, para muitos pacientes, as portas parecem estar fechadas quando buscam ajuda na cidade. O cenário foi exposto na última segunda-feira, 16, durante a sessão da Câmara Municipal, pela vereadora e médica Trícia Barreto (MDB), que denunciou que 173 pacientes aguardam por tratamento.

"O pior é que Anápolis não tem pactuação com Goiânia. Ou seja, o paciente não é atendido aqui porque não temos o serviço, e não é atendido na capital porque não existe acordo com nossa cidade", alertou a vereadora ao Portal 6. Em um esforço para resolver essa situação, Trícia Barreto pediu uma resposta urgente das autoridades municipais e estaduais.

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) de Anápolis admitiu que 165 pacientes onco-hematológicos estão em tratamento no Hospital Evangélico Goiano (HEG). No entanto, novos pacientes com leucemia não estariam sendo acolhidos na rede municipal, obrigando-os a serem encaminhados para a capital. A Semusa afirmou estar em negociações para possibilitar o tratamento em Anápolis, mas destacou que os tratamentos de alta complexidade são responsabilidade do Estado e da União.

A Secretaria de Estado de Saúde (SES) afirmou existir uma pactuação e que tanto o HEG quanto a Santa Casa de Anápolis são habilitados pelo Ministério da Saúde para oferecer serviços oncológicos. No entanto, justificou que os pacientes com leucemia devem ser tratados em Goiânia, alegando que a capital possui duas unidades de referência para esse tipo de câncer.

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