Goiano é condenado pelo STF por ato golpista no Planalto

O morador de Aparecida de Goiânia, Marcelo Lopes do Carmo, de 39 anos, foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por sua participação em crimes cometidos durante os atos golpistas que ocorreram em Brasília em 8 de janeiro. O julgamento foi realizado no plenário virtual da Corte e encerrou-se às 23h59 desta terça-feira, 17 de outubro. Até o momento do fechamento desta edição, o STF já havia formado uma maioria para a condenação, embora houvesse divergência quanto à pena, que variou de 15 a 17 anos de prisão.

Marcelo, preso dentro do Palácio do Planalto, foi considerado culpado pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, deterioração do patrimônio tombado e associação criminosa armada.

O dia 8 de janeiro ficou marcado por invasões e atos de vandalismo nos edifícios dos Três Poderes por parte de grupos que contestavam o resultado das eleições de 2022, quando Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi eleito presidente. A denúncia contra Marcelo foi apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

A PGR sustentou que Marcelo fazia parte do grupo de executores materiais dos delitos. A denúncia também identificou outros grupos envolvidos, incluindo instigadores e autores intelectuais dos atos antidemocráticos, financiadores, e autoridades do Estado responsáveis por omissão imprópria. Durante seu interrogatório, Marcelo alegou que chegou a Brasília em 7 de janeiro, dormindo em um acampamento em frente ao Quartel General do Exército. Ele disse que chegou à capital federal em um ônibus de excursão, pagando R$ 20 pelo transporte. Há também evidências de uma postagem em seu perfil no Facebook feita no mesmo dia, na qual ele anunciava a saída de um ônibus de Goiânia (da Praça Cívica) para Brasília, com a mensagem "Só 20,00 reais, patriotas, chamem". Nas redes sociais, a foto principal de Marcelo é uma montagem com a imagem do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), acompanhada pelo número da urna usado pelo político nas eleições de 2022.

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