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Inclusão nessa lista, atualizada semestralmente, não apenas prejudica a imagem das empresas envolvidas, mas também dificulta o acesso ao crédito, com instituições como o Banco do Brasil recusando empréstimos a essas empresas

Goiás tem 37 empresas na lista suja do trabalho escravo

14/10/2023, às 19:25 · Por Redação

Goiás está em terceiro lugar no país em termos de empregadores listados na "Lista Suja" do Ministério do Trabalho, com 37 empresas implicadas em casos de trabalho escravo. Os dados recentemente divulgados revelam que o estado fica atrás apenas de Minas Gerais, com 112 casos, e São Paulo, com 44. A inclusão nessa lista implica em implicações significativas para as empresas envolvidas, desde a deterioração de suas reputações até dificuldades de acesso ao crédito, uma vez que instituições financeiras como o Banco do Brasil se recusam a fornecer empréstimos para empresas que constam na lista.

A última atualização da Lista Suja, realizada em 5 de outubro, adicionou 11 novos casos de Goiás, totalizando agora 37 empregadores na lista. Esse documento abrange casos ocorridos entre 2018 e 2023. Empresas que aparecem nessa lista são expostas publicamente por 12 meses após a finalização do processo administrativo do auto de infração pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

O setor com o maior número de trabalhadores encontrados em condições análogas à escravidão em Goiás é o cultivo de cana de açúcar, com 161 casos. Uma operação recente em Acreúna resultou no resgate de 138 pessoas que trabalhavam em condições degradantes. Os trabalhadores dormiam no chão e não tinham acesso a equipamentos de proteção individual adequados.

A situação é alarmante no setor de produção de carvão vegetal, onde os trabalhadores muitas vezes enfrentam condições de vida extremamente precárias, incluindo a falta de higiene básica, falta de camas e instalações sanitárias inadequadas. Além disso, eles frequentemente trabalham longas jornadas, às vezes chegando a 14 ou 15 horas por dia, sem receber equipamentos de proteção adequados e, em alguns casos, sem acesso a água potável. As informações são do jornal O Popular.


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