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Goiânia, 29/05/24
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Após troca de ofensas e quase agressão física entre Amauri Ribeiro e Mauro Rubem, a deputada Bia de Lima, também envolvida nos ataques, pede providências e aciona a Procuradoria da Mulher na Assembleia Legislativa de Goiás

Bia de Lima aciona Amauri Ribeiro na Procuradoria da Mulher

12/10/2023, às 09:07 · Por Redação

O plenário da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) foi palco de uma confusão durante a sessão ordinária da última terça-feira, 10. Uma discussão, que quase resultou em agressão física, envolveu os deputados Amauri Ribeiro (União Brasil) e Mauro Rubem (PT). A deputada Bia de Lima (PT), foi alvo de ofensas e decidiu acionar Amauri Ribeiro na Procuradoria da Mulher da Alego.

O presidente da Alego, Bruno Peixoto (Uniõa Brasil), solicitou ao vice-presidente corregedor, deputado Cairo Salim (PSD), que apure os desentendimentos ocorridos na sessão. A situação ficou tensa quando Mauro Rubem se queixou publicamente dos constantes xingamentos e ameaças proferidos por Amauri Ribeiro. Rubem comparou as ameaças feitas por Ribeiro a uma agressão física contra sua filha menor de 18 anos, que resultou em um caso de polícia. A provocação levou a uma tentativa de agressão física por parte de Ribeiro, que foi contido pelos agentes da Polícia Legislativa presentes no Plenário.

Bia de Lima, que já havia denunciado Ribeiro em instâncias anteriores por violência de gênero, também foi ofendida durante o episódio. Ela solicitou uma ação enérgica da Mesa Diretora da Alego, destacando que as agressões verbais estão ultrapassando os limites. "Divergências e visões de mundo diferentes não são problema, mas venho sendo atacada frontalmente com palavras de baixo calão, de uma grosseria que surpreende", lamentou a deputada.

“Solicitei formalmente à Mesa Diretora que sejam tomadas providências para que o Regimento Interno seja cumprido e possa barrar os constantes ataques que venho sofrendo aqui. Não é possível encontrar no Regimento nada que ampare o que eu estou vivendo aqui. Estou tomando todas as medidas que me cabem e não aceitarei nenhuma forma de desrespeito”, afirmou a deputada.

“Tenho sido atacada com palavras de baixo calão, e essas grosserias não enobrecem essa Casa. Eu não lutei, o quanto eu lutei, para chegar até aqui, para passar por isso. O direito de cada um de ter o seu pensamento é legítimo. Como defensora da democracia que sou, não tenho problema algum com críticas, mas violência política de gênero não é aceitável”, reforça ela.

Na resposta às demandas de Bia de Lima, Bruno Peixoto assegurou que a presidência agirá com veemência para manter a ordem na Casa. Ele afirmou que o caso será encaminhado ao corregedor para análise, podendo chegar ao Conselho de Ética, caso sejam identificadas irregularidades no decoro parlamentar.

O clima de hostilidade tem afetado a participação dos deputados nas sessões presenciais. Muitos optam por participar remotamente devido ao nível dos debates e dos ataques, evidenciando a necessidade urgente de medidas para manter a civilidade e o respeito no ambiente legislativo. Além de acionar a Procuradoria da Mulher e na Comissão de Ética da Casa, a parlamentar também já encaminhou uma representação sobre o caso ao Ministério Público Federal (MPF).


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