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Retorno do texto para a comissão é discutido em meio à insatisfação de vereadores com Cruz por manutenção da diretoria atual da companhia

Mesa diretora da Câmara de Goiânia avalia devolução de relatório da CEI da Comurg

06/10/2023, às 16:40 · Por Redação

A Mesa diretora da Câmara de Goiânia não tem mostrado a intenção de acatar o relatório aprovado há mais de 40 dias pela Comissão Especial de Inquérito (CEI) que investigou irregularidades na Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) e, desta maneira, o documento pode ser devolvido à comissão para ser retificado ou refeito. A discussão veio à tona por conta da insatisfação com o prefeito Rogério Cruz (Republicanos). Entre os pontos de um acordo que teria sido firmado com o prefeito estão acatar as questões listadas no relatório aprovado em 25 de agosto, a troca das diretorias da Comurg e o reequilíbrio fiscal da companhia. Cruz disse ao POPULAR, durante vistorias de obras no Jardim América, no mês passado, que não tinha autonomia para trocas na empresa pública.

Por conta disso, a presidência do legislativo não estaria mais interessada em ser fiadora do termo de ajustamento de conduta (TAC) com a Comurg, por não haver garantias de Cruz. Entretanto, os membros da comissão não acham que exista a possibilidade de o relator, Thialu Guiotti (Avante), alterar o relatório, por conta de toda a restrição em torno do documento na véspera da apresentação do documento para a votação. Para o presidente da CEI, Ronilson Reis (Sem Partido), cabe apenas ao relator a decisão de alterar o relatório ou não. “A gente também precisa saber qual vai ser a justificativa da presidência para devolver o relatório”, afirmou Reis. O vice-presidente da comissão, Welton Lemos (Podemos) disse ser contra o retorno do relatório para que seja retificado ou refeito. “Nós não temos que refluir em nada do que foi feito, o que é necessário é assinar o TAC”, disse Lemos. Pedro Azulão Jr. (PSB), integrante da base na comissão, afirmou que o legislativo está cometendo um grande erro com a discussão e que não dá mais para “ficar ameaçando o prefeito com a investigação”.

“Eu vou ser o primeiro a falar que o prefeito não pode ser refém da Câmara”, disse Azulão que também acha que Guiotti não vai alterar o documento. Henrique Alves (MDB), que também é membro da comissão, afirmou que, independente do que for decidido entre a presidência da Casa e a da CEI, é preciso ter uma conclusão para que o documento seja remetido para os órgãos de controle, o Ministério Público de Goiás (MPGO) e o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM). “É preciso dar o devido esclarecimento para a população e se para isso for necessário alterar o relatório, que seja feito, mas que esse trabalho seja encerrado”, afirmou Alves.


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