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Reprodução - G1 Goiás

Casal de empresários é preso suspeito de pagar homem para agredir ex-gerente de restaurante; vítima morreu, em Goiânia

Casal de Goiânia contratou homem para agredir ex-gerente de restaurante por R$ 300

28/09/2023, às 13:34 · Por Redação

A Polícia Civil de Goiás está investigando um caso envolvendo o casal de empresários Caio Patrick Guimarães e Thage Mourthy, acusados de pagar R$ 300 adiantados a dois homens para agredirem o ex-gerente do restaurante deles, em Goiânia. No entanto, o que deveria ser uma agressão controlada saiu do controle e resultou na morte da vítima. O advogado de defesa do casal reconheceu que eles contrataram os agressores, mas negou que a intenção fosse causar a morte do ex-gerente.

Segundo o advogado Rogério Rodrigues de Paula, "Patrick contratou para dar um susto, ou até mesmo bater na vítima, mas jamais para matar. Estamos impetrando os pedidos de revogação de prisão temporária porque eles nunca fugiram, sempre estiveram à disposição da polícia", revelou o advogado ao portal G1 Goiás.

A vítima, identificada como Francisco Jeferson Xavier Silva, de 40 anos, era ex-gerente do restaurante do casal. Após ser demitido, ele passou a cobrar um acerto trabalhista, o que resultou em constantes conflitos com os ex-patrões. De acordo com as investigações da polícia, Francisco chegou a criar um grupo online com outros funcionários do restaurante para discutir processar o casal de empresários. Essa situação teria irritado Caio Patrick a ponto de ele supostamente contratar alguém para "dar uma surra" na vítima.

O delegado Vinícius Teles informou que as câmeras de segurança de uma distribuidora registraram o momento em que o casal conversava com os agressores. As imagens mostram que os homens chegaram a entrar no carro do casal. O executor das agressões alega que o combinado era receber R$ 500 do casal para agredir Francisco, sendo R$ 300 pagos antecipadamente via PIX, com o restante a ser quitado após a realização do serviço.

Segundo o executor, a decisão de matar a vítima foi tomada por ele durante o crime. No entanto, o delegado afirmou que essa alegação será investigada. Para as autoridades, o casal assumiu o risco da morte da vítima ao planejar a agressão.

Caio Patrick foi interrogado logo no dia seguinte ao crime e negou qualquer envolvimento com a morte. Na época, as imagens das câmeras de segurança ainda não haviam sido analisadas, e ele foi liberado. Conforme as investigações avançaram e novas evidências surgiram, a polícia solicitou à Justiça a prisão temporária do casal, que foi concedida, com uma detenção de 30 dias.

O advogado de defesa dos empresários entrou com um pedido de habeas corpus alegando que o casal sempre esteve à disposição da polícia para colaborar nas investigações. No entanto, o pedido de liberdade foi negado pela justiça, enquanto o caso continua sendo apurado. 


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