Goiano criador de casa de apostas é suspeito de aplicar golpes e fugir para Dubai

O empresário César Augusto, também conhecido como "César Imperador", está no centro de uma investigação por estelionato em Goiás. Vítimas de todo o país alegam ter sofrido prejuízos financeiros substanciais após investir na plataforma de apostas esportivas supostamente criada e administrada por César, que reside em Anápolis. Uma das vítimas, residente em Catalão, na Região Sudeste de Goiás, relatou ter perdido R$ 50 mil em investimentos na plataforma. Segundo o depoimento, ela depositou inicialmente R$ 20 mil em janeiro e obteve retornos, o que a levou a investir mais R$ 30 mil em julho.

Entretanto, em setembro, os problemas surgiram quando César removeu todos os membros do grupo de apostadores, tornou o site inacessível e desativou sua conta no Instagram. O delegado Jean Arruda confirmou que o caso está sob investigação da Polícia Civil. César Imperador alegava ter quatro anos de experiência no mercado de apostas e prometia lucros de até 80% sobre os valores investidos. Ele também afirmava que 18 mil alunos estavam lucrando com suas orientações.

Um grupo de cerca de 500 vítimas, dispersas por todo o país, compartilha histórias de prejuízos significativos, chegando a relatar perdas individuais de até R$ 200 mil. As vítimas identificaram a plataforma "Starbets" como sendo de propriedade e gerenciada por César Imperador. Nas redes sociais, César compartilhava imagens e vídeos de uma vida luxuosa, incluindo carros de luxo e viagens internacionais, o que aumentou a confiança dos investidores. No entanto, as vítimas agora suspeitam que o empresário tenha fugido para Dubai, deixando-as no prejuízo.

O apostador de Catalão que denunciou o caso à polícia explicou que os clientes tinham a possibilidade de sacar seus ganhos entre os dias 1 e 16 de cada mês. No entanto, a parcela de setembro não foi paga dentro do prazo, levando César a enviar um vídeo tranquilizador aos apostadores. "Estamos pagando gradualmente aos poucos. À medida que crescemos, o banco segura mais. Já estou organizando tudo para que tudo esteja ok no dia 1", declarou César em sua mensagem. Contudo, desde então, ele desapareceu, deixando um rastro de desconfiança e incerteza entre as vítimas.

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