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Goiânia, 29/05/24
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Tribunal de Justiça de Goiás decide conceder prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica à pastora Suelen Amaral Klaus, envolvida em caso de clínica clandestina comparada a "campo de concentração" pela Polícia Civil

Pastora acusada de manter clínica clandestina em Anápolis recebe direito de prisão domiciliar

21/09/2023, às 08:25 · Por Redação

O Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) emitiu um alvará de soltura para a pastora Suelen Amaral Klaus na tarde desta terça-feira, 19. A pastora estava sob suspeita de gerenciar clínicas clandestinas em Anápolis que foram descritas pela Polícia Civil como semelhantes a "campos de concentração". A decisão judicial determina que a pastora cumpra prisão domiciliar com a utilização de uma tornozeleira eletrônica. As informações são do portal Mais Goiás.

De acordo com informações da polícia, as pessoas que estavam internadas nessas clínicas tinham idades entre 14 e 96 anos e foram resgatadas em condições alarmantes, com ferimentos graves e em estado de desnutrição. A ação policial que levou ao desmantelamento da clínica clandestina ocorreu no dia 29 de agosto e resultou na prisão de seis pessoas ligadas ao estabelecimento, incluindo o casal proprietário e quatro funcionários.

As investigações revelaram que as vítimas eram mantidas em cárcere privado e eram submetidas a atos de tortura. Pacientes eram levados ao local contra sua vontade, de forma ilegal e involuntária, sendo trancados mediante o pagamento de pelo menos um salário mensal. Entre os pacientes estavam indivíduos com deficiência intelectual e física, além de dependentes químicos.

"Não há dúvidas de que era um campo de concentração. Não há outra forma de descrevê-lo. As pessoas eram levadas para lá contra sua vontade. Tivemos um caso de um autista de 17 anos que era espancado e submetido a banhos de água fria para evitar que gritasse", declarou o delegado Manoel Vanderic na época da operação.


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