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Quatro pessoas foram presas e outras três estão foragidas, incluindo a empresária suspeita de ser mandante

Operação prende grupo que invadiu fazenda avaliada em mais de R$ 10 milhões em Alto Paraíso

12/09/2023, às 09:22 · Por Redação

Uma operação das polícias Civil e Militar prendeu, nesta segunda-feira (11), quatro pessoas suspeitas de invadirem uma fazenda avaliada em mais de R$ 10 milhões em Alto Paraíso de Goiás, cidade turística na Chapada dos Veadeiros, para tomá-la a mando de uma empresária. Segundo o delegado José Antônio Sena, três pessoas estão foragidas, incluindo a empresária suspeita de ser mandante.

Nesta segunda-feira, também foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão. Segundo a Polícia Civil, sete pessoas participaram da invasão: um policial militar da reserva do Distrito Federal, um guarda civil municipal e um instrutor de tiro da Guarda Civil Municipal de Planaltina de Goiás. Na época, após serem levados para a delegacia, apenas um dos sete suspeitos ficou preso, por porte ilegal de arma.

Com exceção da empresária, não foi especificado pela polícia quais dos outros sete envolvidos foram presos preventivamente nesta segunda-feira (11) e quais permanecem foragidos. O g1 não conseguiu localizar a defesa deles até a última atualização desta reportagem.

A invasão aconteceu no dia 20 de agosto, na região próxima ao Vale da Lua. De acordo com o delegado, estavam entre os sete detidos: um policial militar da reserva do Distrito Federal, um guarda givil municipal e um instrutor de tiro da Guarda Civil Municipal de Planaltina de Goiás. Após serem levados para a delegacia, apenas um dos sete suspeitos ficou preso, por porte ilegal de arma.

Ao g1, na época da invasão, Polícia Militar do Distrito Federal explicou que tomou conhecimento do fato e deu início às providências para apuração das responsabilidades do policial envolvido. Também disse que a PMDF "zela pela ética e pelo bom comportamento de seus integrantes". 

Na época do caso e nesta segunda-feira (11) a reportagem também entrou em contato com a Guarda Civil Municipal de Planaltina de Goiás para um posicionamento, mas não obteve retorno até a última atualização deste texto. Os presos devem responder pelos crimes de esbulho possessório, porte ilegal de arma de fogo, corrupção passiva, corrupção ativa e associação criminosa.

Invasão em fazenda

De acordo com a polícia, a invasão ocorrida no domingo contou com emprego de violência. Segundo boletim de ocorrência, os suspeitos foram até o local em veículos particulares, mas com uso de sirene e giroflex. Ao chegarem na propriedade, abordaram os caseiros, "disseram que eram policiais e estavam no local para cumprir um mandado de reintegração de posse".

O delegado explica que, nesse momento, os caseiros pediram a documentação e entraram em contato com a "possuidora do local", que seria a patroa deles. De imediato, a mulher acionou a Polícia Militar de Goiás e os suspeitos saíram da chácara com "rumo incerto".

Quando os policiais chegaram, iniciaram patrulhamento intensivo e os localizaram próximo à uma rodovia.

Ainda de acordo com José Antônio, os suspeitos detidos pela invasão contaram em depoimento que foram contratados pela empresária e receberiam um valor de cerca de R$ 50 mil por mês para permanecer nessa posse. Segundo eles, esse contrato teria sido estipulado em um valor mensal. O delegado ainda contou que as pessoas envolvidas contaram que faziam parte de uma empresa de segurança do Distrito Federal e que estavam "somente prestando um serviço".

"Não tinham nenhum parentesco com a contratante. Simplesmente foi feito um acordo verbal e uma minuta escrita de prestação de serviço", explicou o delegado.

"Ocorre que essa prestação de serviço foi contrária ao nosso ordenamento jurídico", completou.

A polícia explicou que investiga o caso para saber se, de fato, houve pagamento e a contratação desses servidores para a invação e de que forma essa contratação aconteceu.

"Os servidores vão responder pelos respectivos crimes funcionais e demais delitos correlatos as atitudes deles. A pessoa que contratou vai ser investigada por ser a mandante desses delitos", pontuou.


Operação Invasão Fazenda Alto Paraíso
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