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Elas ficaram presas por 38 dias

Goianas recuperam malas trocadas por bagagem com drogas na Alemanha

08/09/2023, às 07:56 · Por Redação

As goianas Kátyna Baía e Jeanne Paollini, que ficaram presas na Alemanha por 38 dias após terem bagagens trocadas por malas com drogas, conseguiram recuperar, após seis meses, os pertences que foram apreendidos na Alemanha. Um vídeo mostra o momento em que a advogada Chayane Kuss de Sousa pegou os bens, que foram entregues por um promotor alemão. 

"A entrega dos nossos pertences sinaliza que está muito próximo do Ministério Público alemão encerrar de vez essa injusta acusação de tráfico internacional de drogas. É um motivo de grande felicidade para nós", disse Kátyna Baía.

Jeanne e Kátyna tiveram as malas trocadas no aeroporto de Guarulhos enquanto aguardavam o voo que as levaria para Frankfurt, na Alemanha. As duas planejavam ficar 20 dias na Europa, mas foram detidas no dia 5 de março e ficaram 38 dias presas depois que policiais alemães encontraram cocaína em duas malas de 20 kg com o nome delas (relembre o caso abaixo).

Posteriormente, a Polícia Federal descobriu que as etiquetas das bagagens tinham sido trocadas por uma quadrilha suspeita de tráfico internacional de drogas. Suspeitos de integrarem esse grupo foram presos pela polícia.

A advogada Luna Provázio explicou que apesar de os pertences terem sido entregues, o processo em relação à Kátyna e a Jeanne só será encerrado "mediante o envio das decisões judiciais pelas autoridades brasileiras". Ela ainda explicou que a defesa avalia a melhor maneira de levar os bens apreendidos para o Brasil, para que eles sejam entregues às goianas.

A Kátyna e Jeanne foram presas de forma injusta e contaram que chegaram a ser maltratadas pela polícia alemã.

“Nós fomos presas de forma muito injusta, mal recebidas, maltratadas pela polícia alemã, injustiçadas, pagando já por 38 dias por um crime que não nos pertence. Se fôssemos cumprir o que a legislação de lá ordenava, iríamos ficar em média 15 anos, perdendo 15 anos da nossa vida e talvez não veríamos os nossos pais mais, os nossos amigos, a nossa pátria amada”, desabafou.

A veterinária Jeanne ressaltou a importância da ação dos órgãos de segurança brasileiros de conseguir provas, com agilidade, que comprovem a inocência do casal.

“Nós gostaríamos de fazer um agradecimento aqui a todos os envolvidos, que trabalharam juntos para mandar todas as provas pra polícia alemã, ao governo alemão. Nós sabemos que o envio desses vídeos foi fundamental para a nossa liberdade. Sem eles, provavelmente, nós iríamos pagar por um crime que nós não cometemos”, afirmou.

As brasileiras chegaram a Goiânia no dia 14 de abril. A irmã de Kátyna, Lorena Baía, explicou que toda a família já está reunida na capital. Ao ser questionada sobre como foi o voo, Lorena desabafou.

"O voo foi tranquilo! Choramos por diversas vezes, mas foi um choro de alegria, alívio e gratidão!", falou.


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