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Goiânia, 29/05/24
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Progresso econômico recente de Goiânia e seus arredores está diretamente vinculado ao vertiginoso aumento dos valores dos imóveis; a capital goiana registrou um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) duas vezes superior à média nacional

Matéria do Estadão destaca PIB alto de Goiânia e 2° melhor Índice de Atividade Econômica do País

03/09/2023, às 12:11 · Por Redação

O desenvolvimento econômico recente de Goiânia e sua Região Metropolitana tem surpreendido analistas e investidores. Em entrevista ao Estadão, o presidente da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), Luiz França, disse que a capital goiana experimentou um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2022 que foi duas vezes superior à média nacional, enquanto o estado de Goiás conquistou o 2° melhor Índice de Atividade Econômica do país, medido pelo Banco Central. Além disso, o nível de desemprego em Goiás é um dos mais baixos do Brasil, o que contribui para criar um ambiente favorável ao crescimento do mercado imobiliário.

Esses indicadores econômicos positivos têm impulsionado o setor imobiliário, com um aumento significativo nos preços dos imóveis em Goiânia. Segundo dados da FipeZap+, o preço médio do metro quadrado (m²) na cidade subiu impressionantes 45% entre 2019 e 2023. Esse aumento de preços é uma tendência observada principalmente em imóveis de alto padrão, onde o valor por metro quadrado pode chegar a patamares surpreendentes.

Uma das principais razões para esse aumento nos preços, conforme especialistas do segmento imobiliário, é a revisão do Plano Diretor da cidade, que restringiu o volume de construção permitido em relação à área dos terrenos. Anteriormente, era possível construir 13,5 vezes a área do terreno, mas após a atualização, esse número caiu para 7,5 vezes. Isso naturalmente reduziu a oferta de imóveis, contribuindo para um aumento na demanda e, consequentemente, nos preços. Além disso, a chegada de apartamentos mobiliados e compactos à cidade nos últimos dois anos também influenciou a valorização imobiliária.

É notável que a valorização do metro quadrado é ainda mais pronunciada em imóveis de alto padrão. Algumas incorporadoras, como um exemplo na capital goiana, tiveram imóveis residenciais que foram vendidos em 2020 por R$ 2 milhões e agora são comercializados por R$ 4 milhões. A empresa atualmente oferece projetos de apartamentos residenciais com tamanhos que variam de 208 m² a 464 m², com preços que começam em R$ 2,5 milhões e podem chegar a R$ 6,5 milhões. Curiosamente, um terço dos compradores desses imóveis são empresários do agronegócio, enquanto os outros são médicos, advogados e empresários de diversos setores.

À reportagem do Estadão, o superintendente da Associação dos Dirigentes das Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi), Felipe Melazzo, destacou que o preço do metro quadrado de imóveis de luxo em Goiânia chega a ser quase o dobro da média geral da cidade, com valores chegando a R$ 11,7 mil e até R$ 14 mil em algumas regiões próximas aos parques. Outro indicador positivo do mercado é a velocidade de vendas, com o estoque atual que se esgotaria em apenas 12 meses, muito abaixo da média nacional que varia entre 15 e 16 meses. Ele acrescenta que atualmente há 110 canteiros de obras ativos na cidade.

O sucesso do mercado imobiliário de Goiânia pode ser atribuído, em parte, ao desempenho econômico sólido do estado de Goiás. De acordo com o Instituto Mauro Borges de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos, vinculado ao governo estadual, com base nos dados do  Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o PIB de Goiás cresceu 6,6% no ano passado. Nem mesmo a taxa básica de juros elevada, que atingiu 13,75% ao ano em alguns momentos, afetou negativamente as vendas de imóveis em Goiânia, conforme observado por especialistas.


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