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Réus estavam presos desde fevereiro de 2022 e aguardam decisão sobre data e local para o júri

Justiça solta sete policiais militares envolvidos na chacina em Cavalcante

18/08/2023, às 14:36 · Por Redação

A Justiça determinou a libertação dos sete policiais militares que estavam detidos desde 25 de fevereiro de 2022, acusados da morte de quatro pessoas em uma chácara em Cavalcante. Desde que foram enviados para julgamento popular em novembro, o processo tem enfrentado lentidão devido a uma série de recursos interpostos pela defesa. Até o momento, ainda não foram definidos a data nem o local do julgamento pelo crime, que ocorreu em 20 de janeiro de 2022.

O juiz responsável pela decisão, Leonardo de Souza Santos, da Vara de Crime e Fazenda Pública de Cavalcante, indicou que o julgamento não ocorrerá "em breve", devido aos recursos pendentes e à análise pendente do pedido de transferência do julgamento para outro local.

Embora o processo principal, onde os policiais são acusados de homicídio doloso qualificado, esteja sob a jurisdição de outro magistrado, o juiz Leonardo acolheu um pedido da defesa de Ítallo e estendeu a decisão a todos os réus. Os sargentos Aguimar Prado de Morais e Mivaldo José Toledo, o cabo Jean Roberto Carneiro dos Santos e os soldados Luís César Mascarenhas Rodrigues, Ítallo Vinícius Rodrigues de Almeida, Welborney Kristiano Lopes dos Santos e Eustáquio Henrique do Nascimento são acusados de armar uma emboscada que resultou nas mortes de Saviano Souza Conceição, de 63 anos, Ozanir Batista da Silva, também conhecido como Jacaré, de 46 anos, Alan Pereira Soares, de 28 anos, e Antônio Fernandes da Cunha, também conhecido como Chico Calunga, de 35 anos.

O Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) expressou sua oposição à soltura, alegando a presença contínua dos requisitos que levaram às prisões preventivas. Além disso, o MP-GO mencionou a intimidação de testemunhas quando os policiais estavam em liberdade, inclusive levando uma delas a entrar em um programa de proteção. De acordo com a sentença, os policiais estão proibidos de exercer atividades policiais operacionais ou ostensivas, de sair de casa durante a noite, feriados e fins de semana, e de entrar nas áreas urbanas de Cavalcante, Alto Paraíso de Goiás e Colinas do Sul. "A suspensão parcial do exercício da função pública como policiais militares permite que eles realizem atividades internas e administrativas na Polícia Militar; entretanto, eles estão proibidos de participar de operações de campo ou policiamento ostensivo", escreveu o juiz na sentença.


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