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Rafhael Neris Barboza, acusado de desviar itens apreendidos em investigações, atuava na Delegacia de Polícia Civil de Uruaçu

Delegado condenado por desvio de itens apreendidos perde cargo por decisão judicial

13/08/2023, às 17:40 · Por Redação

A Justiça determinou a perda do cargo público ocupado pelo delegado Rafhael Neris Barboza, que havia sido afastado de suas funções em setembro de 2020 sob acusação de desvio, apropriação e doação indevida de itens apreendidos em investigações policiais em curso. As acusações dizem respeito a irregularidades ocorridas na Delegacia da Polícia Civil de Uruaçu, onde Rafhael assumiu sua primeira função em novembro de 2018.

Segundo relatos de escrivães à época da acusação, o delegado teria desviado cinco aparelhos celulares, uma geladeira duplex e uma televisão de 32 polegadas, que posteriormente foi doada a uma igreja para uso na recreação infantil. Essas supostas ações teriam ocorrido no ano de 2019, embora a data exata não tenha sido especificada.

O juiz Liciomar Fernandes da Silva, responsável pelo caso, determinou que Rafhael Neris Barboza praticou dois crimes de peculato-desvio consumado, resultando em prejuízo aos cofres públicos e manchando a reputação do funcionalismo público local. Dessa forma, a conclusão é que o investigador não tem a conduta compatível com o exercício da função pública e, por isso, deve ser destituído de seu cargo. Entretanto, o magistrado concedeu ao réu o direito de recorrer em liberdade.

A decisão judicial também aborda que o delegado foi parcialmente absolvido em relação a algumas acusações, como o peculato-desvio da geladeira, peculato-apropriação e falsidade ideológica no caso da televisão, bem como prevaricação pela não remessa dos objetos apreendidos e incineração sem ordem judicial.

No seu depoimento, Rafhael Neris Barboza justificou suas ações alegando que, ao assumir a Delegacia de Uruaçu, se deparou com um cenário caótico. Ele descreveu o ambiente como deteriorado, desorganizado e desrespeitoso das normas. O delegado alegou que suas ações tiveram o objetivo de restabelecer a ordem.

Nesse sentido, Rafhael mencionou a presença de celulares sem dono, bem como uma quantia considerável de dinheiro em espécie, cerca de cinquenta e dois mil reais, que se encontrava em sua sala sem explicação aparente. A defesa de Rafhael Neris Barboza não se pronunciou a respeito do caso.


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