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Goiânia, 29/05/24
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Produtos ligados a complicações em pacientes são interditados pela Anvisa após reações adversas graves; empresa informa que produtos em questão já haviam sido retirados de produção e comercialização mesmo antes da medida tomada pela agência

Produtos ligados a complicações em pacientes são interditados pela Anvisa após reações adversas graves

09/08/2023, às 09:11 · Por Redação

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) tomou medidas de interdição em relação a produtos cosméticos que, após procedimentos estéticos, teriam resultado em complicações significativas para as pacientes. Um dos casos ocorreu em Goiânia, onde uma mulher chegou a ser hospitalizada em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) após ter embolia pulmonar.

A Anvisa alega que reações adversas graves foram relatadas após o uso desses produtos, que são classificados como cosméticos, mas possuem instruções de uso que não estão em conformidade com as regulamentações. A notificação foi publicada em uma edição extra do Diário Oficial da União (DOU) na segunda-feira, 7.

A empresa Cosmobeauty informou, em comunicado, que os produtos em questão já haviam sido retirados de produção e comercialização mesmo antes da medida tomada pela Anvisa. A Indústria Bio Essencialli Comércio de Cosméticos LTDA, responsável pelos produtos, esclareceu que assim que as investigações em Goiânia foram iniciadas, em cooperação com a marca contratante Cosmobeauty, cessou a produção e venda dos itens. A empresa também disponibilizou uma equipe dedicada a acompanhar as investigações e atender às vítimas.

A Anvisa identificou que o produto Dermo Bioestimulador e Preenchedor Cosmobeauty, juntamente com o Fluído Ultraconcentrado Tonificante Cosmobeauty, foi interditado cautelarmente. Todos os lotes desses produtos foram incluídos na medida. De acordo com a agência, os produtos apresentaram instruções de uso irregulares, infringindo disposições legais, incluindo o Art. 3º da Lei nº 6.360, de 23 de setembro de 1976, e o Art. 3º da Resolução de Diretoria Colegiada - RDC nº 752, de 19 de setembro de 2022, bem como outros dispositivos da legislação vigente.

Uma das vítimas, Betânia Lima Guarda, de 29 anos, e profissional autônoma, foi hospitalizada em UTI após um procedimento estético de preenchimento nos glúteos em Goiânia. Ela foi atendida com embolia pulmonar, seguida de hemorragia nos pulmões. O procedimento foi realizado por uma esteticista na clínica do Setor Urias Magalhães. A profissional responsável afirmou ter utilizado "ácido hialurônico com um bioestimulador". A defesa da esteticista optou por não fazer comentários sobre o caso.


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