Confusão da Prefeitura de Goiânia sobre sentido de rua vai parar no TCM-GO

A rua 66, situada no Jardim Goiás, próximo ao Parque Flamboyant, apresenta uma extensão de apenas uma quadra, estendendo-se por 115 metros. A sua largura é tão limitada que mal consegue acomodar três carros lado a lado. Apesar disso, essa pequena via tem sido fonte de significativo estresse para moradores, pedestres e motoristas que transitam por essa área. Desde junho do ano passado, a Secretaria Municipal de Mobilidade (SMM) promoveu cinco alterações no sentido da rua, culminando na elevação do conflito que agora chegou até o Tribunal de Contas dos Municípios do Estado de Goiás (TCM-GO).

Os residentes dos imóveis localizados na rua 66, assim como aqueles com acesso à garagem a partir dela, desejam que o fluxo seja direcionado em direção ao Parque/Rua 56. Por outro lado, os habitantes das Ruas 52 e 12 têm a preferência oposta. Diante deste impasse, a SMM optou por converter a rua em mão dupla. No entanto, essa decisão causou tensões que afetaram até mesmo duas figuras públicas da região: o secretário-geral de Governo de Goiás, Adriano da Rocha Lima, e o pastor Josué Gouveia, da Assembleia de Deus Ministério Vila Nova, que também é pai de Rafael Gouveia, ex-deputado estadual e atual presidente da Emater Goiás.

Ambos se encontram em lados opostos dessa disputa. A rua já foi de mão dupla até 2011, sendo posteriormente convertida em sentido único, indo do Parque em direção à Rua 56. Essa configuração persistiu por quase uma década. No entanto, em junho do ano passado, houve uma inversão de sentido, provocando descontentamento entre os que residiam na rua 66 ou dependiam da saída de garagem por ali. Em 18 de maio de 2023, a SMM alterou o sentido da via três vezes, finalmente fixando-o no sentido Parque/Rua 56, o que agradou aos moradores.

Contudo, em 30 de maio, houve uma nova inversão, estabelecendo novamente o tráfego em mão dupla. O conselheiro Daniel Goulart tomou a decisão no início de agosto de admitir uma denúncia apresentada ao tribunal por moradores de um residencial situado na rua 66, que abrange praticamente toda uma quadra da via. Esses moradores solicitaram uma análise por parte da Secretaria de Fiscalização de Obras e Serviços de Engenharia do órgão para avaliar a questão. Os denunciantes afirmam que a melhor solução para a via seria mantê-la em sentido único, do Parque Flamboyant para a Rua 56, acusando a SMM de negligência na busca por uma resolução. Por outro lado, os residentes dos condomínios com acesso pela Rua 66 sustentam que o mais adequado para o fluxo do trânsito na região é manter o sentido único Parque/Rua 56. Eles chegaram a anexar um estudo técnico à petição entregue ao TCM-GO. De acordo com esse estudo, a faixa de rodagem da via não tem a capacidade de acomodar duas faixas de tráfego, além da faixa de estacionamento. Como resultado, os motoristas frequentemente se veem compelidos a infringir a legislação ao invadir a outra faixa para circular.

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