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O crime teria como motivo o pagamento de comissão de R$ 20 milhões ao profissional por venda de uma propriedade rural

Juíza manda a júri popular fazendeiro e mais dois acusados de matar corretor em Rio Verde

07/08/2023, às 08:27 · Por Redação

No município de Rio Verde, localizado no Sudoeste de Goiás, um caso de homicídio envolvendo um corretor de imóveis ganha destaque após a juíza Grymã Guerreiro Caetano Bento sentenciar que o fazendeiro Renato de Souza, Pedro Paulo de Medeiros e Rogério Teles serão levados a júri popular. O crime, que chocou a região, teria sido motivado pela recusa de pagamento de uma comissão de R$ 20 milhões ao profissional pela venda de uma propriedade rural.

O corretor Wellington Luiz Ferreira Freitas, de 67 anos, foi encontrado carbonizado próximo a uma fazenda em Rio Verde. As investigações conduzidas pela polícia apontaram que Wellington havia intermediado a venda de uma fazenda de propriedade de Renato de Souza, no valor de R$ 300 milhões. Inicialmente, fora acordada uma comissão de R$ 20 milhões pelo serviço prestado. Contudo, após a conclusão do negócio, houve um desacordo e a comissão foi reduzida para R$ 8 milhões.

A diminuição da comissão teria sido a motivação para desavenças entre as partes envolvidas, culminando no assassinato brutal do corretor. Segundo as informações apuradas pelo inquérito policial, Renato de Souza, Pedro Paulo de Medeiros e Rogério Teles teriam participado do crime.

As defesas dos réus têm buscado contestar as evidências apresentadas, argumentando que o processo é tendencioso e parcial. O advogado de Renato de Souza e Pedro Paulo de Medeiros afirmou, por meio de nota, que utilizará todos os recursos disponíveis para comprovar a ilegalidade e injustiça do processo.

Por sua vez, o advogado de Rogério Teles sustenta que seu cliente é inocente e afirma que não existem elementos suficientes que justifiquem levá-lo a julgamento popular. Segundo a defesa de Teles, as circunstâncias do caso comprovam que ele não teve envolvimento no homicídio.

Diante do desfecho do caso, a juíza Grymã Guerreiro Caetano Bento, em decisão publicada na quinta-feira (data), determinou que os três réus enfrentarão julgamento popular. A magistrada negou a revogação e manteve a prisão preventiva do trio.


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