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Sandro Mabel considera corte de juro do Banco Central ainda tímido; decisão de reduzir a Selic em 0,5 ponto percentual, conforme o presidente da Fieg, é considerada insuficiente

Mabel considera corte de juro do Banco Central ainda tímido

03/08/2023, às 14:48 · Por Redação

Após o anúncio do Banco Central do Brasil sobre a redução de 0,5 ponto percentual nos juros básicos, baixando a taxa Selic de 13,75% para 13,25%, a Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg) classificou a decisão como "tímida" e "insuficiente para estimular a economia".

Para o presidente da Fieg, Sandro Mabel, o corte de juros não é o suficiente para reverter o cenário atual de alto custo do crédito, baixo investimento e economia em marcha lenta. Ele argumenta que o atual contexto permite um corte mais expressivo, especialmente porque a inflação está sob controle e apresenta viés de baixa acentuada.

Apesar de ser a primeira queda do indicador nos últimos 12 meses, o setor produtivo considera a decisão do Banco Central pouco expressiva, especialmente diante das estimativas do mercado que apontam que a inflação permanecerá dentro da margem estabelecida na meta do governo, entre 1,75% e 4,75%.

Segundo Mabel, para que houvesse um impacto mais imediato na economia ainda em 2023, o corte na Selic deveria ter sido mais significativo, situando-se entre 1 a 2 pontos percentuais. Ele destaca que uma redução de 0,5 ponto percentual leva de 3 a 6 meses para ser efetivamente refletida na ponta, podendo demorar ainda mais dependendo do risco da operação ou do sistema financeiro.

A trajetória de aumento da taxa básica de juros teve início em 2021, elevando-se de 2% para 7,75%. Em 2022, a Selic alcançou 13,75%. As projeções apontam que o indicador encerrará o ano de 2023 próximo dos 10%. A expectativa do setor produtivo é de que, na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) marcada para 19 e 20 de setembro, ocorra um corte mais expressivo da taxa de juros, a fim de impulsionar os investimentos e o crescimento econômico do país. 


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