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Divulgação - Polícia Civil

Pastor acusado de sequestros para clínica clandestina segue foragido enquanto operação da Polícia Civil prende cinco pessoas em operação e resgata vítimas

Pastor acusado de sequestros para clínica clandestina segue foragido

02/08/2023, às 17:12 · Por Redação

A Polícia Civil do Estado de Goiás está em busca de um pastor de 42 anos, identificado como Alécio Gomes Vieira Júnior, acusado de liderar uma série de sequestros para uma clínica clandestina de reabilitação de dependentes químicos em Abadia de Goiás, na Região Central do Estado. As investigações apontam que o suspeito teria participado de pelo menos quatro internações compulsórias forçadas.

O caso veio à tona após a morte de um homem de 34 anos, ocorrida em 2 de junho em Posse, nordeste goiano. A vítima teria sido enforcada após resistir a uma tentativa de internação forçada por indivíduos que se passavam por policiais. O corpo foi abandonado em um hospital em Simolândia, com alegações de overdose. A participação do pastor Alécio Gomes Vieira Júnior foi identificada na ação.

Em junho, o pastor e um funcionário da clínica clandestina, Dennys Alves Queiroz, de 32 anos, foram presos em flagrante em Morrinhos, sul de Goiás, sob a suspeita de sequestro. Durante a abordagem policial, uma mulher de 41 anos foi encontrada amarrada no banco de trás do veículo e pediu socorro no momento em que passavam por um pedágio em Itumbiara. Ambos foram liberados após o pagamento de fiança.

Outro caso semelhante ocorreu em fevereiro, em Aruanã, noroeste goiano, quando três homens foram detidos por tentarem realizar uma internação forçada a pedido do pastor. Os suspeitos se passaram por policiais civis na ocasião, mas a vítima conseguiu pedir ajuda em uma barreira policial.

De acordo com o delegado Humberto Soares, responsável pelas investigações, o pastor Alécio Gomes Vieira Júnior já possuía antecedentes criminais por sequestro, cárcere privado, furto qualificado e violência doméstica, sendo enviado pelo dono da clínica para executar os sequestros. A operação desta terça-feira resultou no resgate de 38 pessoas que estavam internadas no estabelecimento, que não possuía autorização para funcionar.

As investigações revelaram que os suspeitos utilizavam da fé para convencer os familiares dos internos a deixá-los na clínica, alegando que o local realizava cultos religiosos. No entanto, o delegado Humberto Soares enfatizou que a clínica tinha fins lucrativos e não possuía qualquer autorização legal para funcionar.

A polícia suspeita que outras pessoas possam estar envolvidas no esquema criminoso e, por isso, as investigações continuam em curso com o objetivo de identificá-las e encontrar mais vítimas que tenham sido alvo das atividades ilegais da clínica clandestina liderada pelo pastor foragido.


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