Crise na BRF de Jataí resulta em férias coletivas e suspensão de contratos

Uma situação delicada afeta a indústria avícola em Jataí, na Região Sudoeste de Goiás, após o frigorífico BRF anunciar a suspensão de contratos com produtores de aves da região e a adoção de férias coletivas para parte de seus funcionários. O impacto da decisão atinge diretamente 22 produtores e 86 aviários, conforme relato da Associação dos Avicultores em Jataí, que busca soluções em meio à crise.

O anúncio da suspensão dos contratos foi feito pela empresa em 6 de julho, gerou preocupações e discussões entre a BRF, os produtores e a Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (FAEG). A empresa esclareceu que não fechará a unidade em Jataí, mas realizará readequações no mix de produção na planta.

Em nota, a BRF afirmou que a decisão está em linha com o planejamento da companhia e que, a partir de 7 de agosto de 2023, dará início a férias coletivas de 30 dias para parte dos colaboradores que atuam na unidade. A empresa também destacou que trata o tema de maneira individualizada, além de buscar dialogar com os funcionários e parceiros impactados pela medida.

O presidente da Associação dos Avicultores em Jataí, Volmir Leandro Koch, detalhou ao portal G1 Goias que desde o anúncio do distrato, as partes envolvidas estão engajadas em discutir questões relevantes. Entre elas, o valor da indenização e os investimentos realizados pelos produtores. Koch explicou que a empresa está indenizando três lotes, conforme acordado, mas que a maior discussão dos produtores é referente aos investimentos, considerando que ainda estariam em processo de depreciação.

A FAEG, segundo Volmir Leandro, tem desempenhado um papel fundamental na mediação dessas negociações. “A expectativa é que, com o apoio da FAEG e o esforço conjunto de todos os envolvidos, seja possível encontrar caminhos para superar os desafios enfrentados e garantir um futuro mais promissor para a indústria avícola em Jataí”, avaliou.

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