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Goiânia, 29/05/24
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Justiça aceita denúncia do Ministério Público do Estado de Goiás contra grupo acusado de integrar máfia das apostas em jogos de futebol; entre os réus, sete jogadores de times da Série A do Campeonato Brasileiro de 2022

Justiça acata nova denúncia e sete jogadores de futebol são acusados de manipulação de apostas

28/07/2023, às 08:16 · Por Redação

O titular da Vara de Repressão ao Crime Organizado de Goiás, o juiz Alessandro Pereira Pacheco, acolheu a denúncia apresentada pelo Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) e tornou réus quinze pessoas envolvidas em um esquema de manipulação de partidas de futebol, conhecido como "máfia das apostas". A denúncia, que faz parte da Operação Penalidade Máxima, inclui entre os acusados sete jogadores de clubes da Série A do Campeonato Brasileiro de 2022.

Os sete jogadores citados são: Dadá Belmonte, do América (MG); Alef Manga, do Coritiba; Igor Cárius, do Sport; Jesus Trindade, ex-Coritiba; Pedrinho, ex-Athletico; Sidcley, ex-Cuiabá; e Thonny Anderson, ex-Coritiba. Além deles, outras oito pessoas também foram citadas pelo MP-GO, entre as quais se destacam Bruno Lopez, conhecido como BL, apontado como líder da quadrilha, e o empresário Cleber Vinicius Rocha Antunes, apelidado de Clebinho Fera.

O magistrado concedeu aos acusados um prazo de dez dias para que apresentem suas defesas, e, em um movimento sem precedentes, autorizou o compartilhamento das provas com o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), o que pode ter implicações significativas para o futebol nacional.

Os promotores do MP-GO resgataram eventos anteriores relacionados ao caso, que culminaram em outros indiciamentos, e revelaram que foram identificadas mais treze manipulações de resultados de partidas da Série A do Campeonato Brasileiro de 2022. Alguns desses jogos já haviam sido objeto de processos anteriores, mas com diferentes envolvidos.

As investigações tiveram início após a prisão de três pessoas e a apreensão de dezenas de equipamentos eletrônicos, que levantaram suspeitas sobre as práticas ilícitas envolvendo apostas no futebol. À medida que os detalhes eram descobertos, novos nomes emergiram, apontando para a possibilidade de futuras denúncias.

Conforme relatos de conversas interceptadas pelos investigadores, o grupo liderado por Bruno Lopez mantinha uma meticulosa contabilidade da empreitada criminosa, revelando lucros exorbitantes, que chegaram a ultrapassar a marca de R$ 700 mil em uma única rodada.


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