Poder Goiás
Goiânia, 29/05/24
Matérias
Divulgação - Polícia Civil

Médico de 73 anos, preso após denúncias de abuso sexual, enfrenta acusações de estupro de vulnerável durante consulta ginecológica com adolescente de 13 anos

Ginecologista preso por crimes sexuais é acusado de estuprar adolescente durante consulta

27/07/2023, às 11:14 · Por Redação

O médico ginecologista Fábio Guilherme da Silveira Campos, de 73 anos, que foi preso em Goiânia sob acusações de crimes sexuais enfrenta, agora, uma acusação de estupro de uma adolescente de 13 anos, segundo informações da Polícia Civil. A delegada Amanda Menuci, responsável pelas investigações, afirmou que o abuso teria ocorrido durante a primeira consulta ginecológica da jovem, ocorrida em 2012.

Conforme relatado pela investigadora, a adolescente, que ainda era virgem na época, foi vítima de violência sexual durante a consulta com o médico. O ginecologista responde pelos crimes de abuso sexual mediante fraude e estupro de vulnerável.

As denúncias de abuso em relação ao ginecologista não são recentes. Em junho deste ano, o médico foi agredido pelo marido de uma paciente, que o chamou de "abusador de mulheres". No entanto, o caso ganhou proporções mais graves quando outras vítimas se manifestaram.

Fábio Guilherme da Silveira Campos era servidor efetivo da Secretaria Municipal de Saúde e exercia suas atividades no Centro Integrado de Atenção Médico Sanitária (Ciams) Novo Horizonte. A Polícia Civil revelou que o médico já havia sido denunciado pelos mesmos crimes quase três décadas atrás, em 1994. Uma das denunciantes daquela época é agora testemunha nas investigações atuais.

Após a divulgação do caso na mídia, uma outra mulher entrou em contato com a polícia e relatou ter sido vítima de abuso pelo mesmo ginecologista em 2014. No total, foram identificadas cinco vítimas, sendo que duas formalizaram denúncias contra o médico, enquanto uma é testemunha, já que o caso prescreveu. As idades das mulheres, à época dos crimes, variavam entre 15, 16, 21 e 32 anos.

Segundo informações fornecidas pela investigadora, durante as consultas, o ginecologista dizia às pacientes que elas precisavam estar excitadas para a realização de exames. Com base nessa alegação, ele tocava os seios das mulheres e colocava suas mãos em seu próprio órgão genital.

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) emitiu uma nota informando que o médico é efetivo do estado e cedido ao município de Goiânia desde 2014, e que não havia recebido denúncias contra o profissional até o momento em que foi afastado, em 30 de junho. A SMS reiterou que não tolera atos de desrespeito aos usuários e preza pela qualidade da assistência.

Já o Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) esclareceu que as denúncias relacionadas à conduta ética de médicos são apuradas em total sigilo, garantindo a devida apuração dos fatos.


Prisão Ginecologista Abuso Goiânia Goiás
P U B L I C I D A D E